Mundo

Farc aguardam possível indulto a guerrilheiro extraditado aos EUA

"Timochenko" afirmou que já solicitaram o indulto quando foi perguntado pela possibilidade de consegui-lo antes do fim do mandato de Obama

Farc: "Desde que se iniciou o processo (de paz com a Colômbia) viemos citando a situação de Trinidad na mesa de negociações" (Luis Robayo/AFP/AFP)

Farc: "Desde que se iniciou o processo (de paz com a Colômbia) viemos citando a situação de Trinidad na mesa de negociações" (Luis Robayo/AFP/AFP)

E

EFE

Publicado em 25 de novembro de 2016 às 19h50.

Bogotá - As Forças Armadas Revolucionárias (Farc) estão à espera de um possível indulto para o guerrilheiro Juvenal Ovidio Palmera, conhecido como "Simón Trinidad", extraditado aos Estados Unidos em 2004, informou nesta sexta-feira o líder do grupo, Rodrigo "Timochenko" Londoño Echeverri.

Em um encontro com agências internacionais, entre elas a Agência Efe, "Timochenko" foi perguntado pela possibilidade do indulto antes do atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deixar o poder, uma tradição entre os líderes do país, e afirmou que já solicitaram o indulto. Agora, as Farc aguardam uma resposta.

"Desde que se iniciou o processo (de paz com a Colômbia) viemos citando a situação de Trinidad na mesa de negociações. Agora estamos esperando", disse o líder da guerrilha.

Após a extradição, "Trinidad" foi condenado a 60 anos de prisão pela participação no sequestro dos americanos Thomas Howes, Keith Stansell e Marc Gonsalves em 2003.

Os três foram resgatados pelo Exército da Colômbia na "Operação Xeque", em 2 de julho de 2008, junto com a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, vários militares e policiais reféns das Farc.

Sobre o papel do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, a quem fez uma saudação ontem no discurso realizado no Teatro Colón de Bogotá após a assinatura do acordo de paz, "Timochenko" comentou que é preciso partir da premissa que o país "teve um papel determinante" no conflito armado colombiano.

Por isso, "Timochenko" elogiou a posição de Washington nos últimos anos na "defesa da paz" e do acordo assinado ontem entre o governo colombiano e as Farc.

Para o líder da guerrilha, Trump deve dar continuidade na participação dos EUA na aplicação do pacto.

"Eles disseram que interessa aos EUA a paz na Colômbia", concluiu o líder das Farc.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEstados Unidos (EUA)Farc

Mais de Mundo

Juiz boliviano ordena prisão de Evo Morales por suposto tráfico de menor

Argentina de Milei registra queda histórica no número de homicídios, com menor taxa em 25 anos

Posse de Trump terá mudança de local por causa do frio em Washington