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FAO faz alerta sobre ações para conter alta de alimentos

Para a FAO, proibição dos embarques podem ter efeitos negativos no longo prazo

Preços dos alimentos atingiram um recorde de alta no fim de 2010 (MAURILIO CHELLI)

Preços dos alimentos atingiram um recorde de alta no fim de 2010 (MAURILIO CHELLI)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 10h32.

Roma - A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alertou hoje os governos de que as medidas de curto prazo para combater a alta dos preços dos alimentos, como a proibição dos embarques, podem ter efeitos negativos no longo prazo.

"Em alguns casos, as decisões tomadas às pressas pelos governos para minimizar o impacto da crise, na realidade, contribuíram com ou exacerbaram a crise, agravando a insegurança alimentar", afirmou Richard China, diretor da divisão política e de apoio aos programas de desenvolvimento da FAO.

A inflação dos alimentos subiu para o topo da agenda internacional, após a FAO ter informado que os preços atingiram um recorde de alta no fim de 2010, superando inclusive os níveis registrados na crise de 2007 e 2008. Violentos protestos contra o desemprego e o aumento dos preços dos alimentos no Norte da África despertaram a atenção do mundo árabe e provocaram uma onda de mal-estar entre os líderes da região, que temem que os tumultos possam atravessar as fronteiras de seus países.

Em resposta, a FAO publicou um guia para orientar formuladores de políticas em países em desenvolvimento sobre como combater as altas de preços, sem criar mais agitação nos mercados internacionais. O relatório aconselha os governos a trabalhar com operadores de mercado para tratar da situação. Mas "nos casos em que os mercados não funcionam bem ou estão ausentes, pode ser necessário adotar medidas extremas que sejam um atalho para os mecanismos de mercado", disse a FAO. As informações são da Dow Jones.

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