O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, é visto durante conferência em Roma: "temos que ir além. Nossa responsabilidade é transformar estes compromissos em resultados concretos" (Alberto Pizzoli/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2014 às 16h51.
Roma - A FAO e a OMS convocaram nesta quarta-feira, em Roma, políticos, cientistas, sociedade civil e setor privado a renovar os esforços para fixar metas mais ambiciosas e erradicar a desnutrição no planeta.
"Parte do nosso desequilibrado mundo ainda morre de fome e a outra parte engorda até a obesidade, ao ponto de a expectativa de vida voltar a diminuir", lembrou Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) no início da segunda conferência internacional sobre nutrição (CIN2).
Representantes de mais de 190 países presentes nesta conferência de três dias - entre eles vários ministros - adotaram na manhã desta quarta-feira a "Declaração de Roma" sobre a alimentação e um "Marco de Ação", que inclui 60 recomendações para lutar contra a desnutrição, as carências alimentares e a obesidade.
"Temos que ir além. Nossa responsabilidade é transformar estes compromissos em resultados concretos. Espero que nesta conferência anunciemos objetivos que vão além dos que foram fixados", insistiu o brasileiro José Graziano da Silva, diretor geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
Os debates e as mesas redondas prosseguirão até sexta-feira na sede da FAO em Roma, onde o papa Francisco é esperado na manhã de quinta.