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FAO alerta para impacto da crise líbia na alimentação

Órgão ligado à ONU teme que problemas políticos criem uma crise alimentar na região

A cidade de Benghazi é o principal produtor de alimentos da Líbia (Patrick Baz/AFP)

A cidade de Benghazi é o principal produtor de alimentos da Líbia (Patrick Baz/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2011 às 13h42.

Brasília - A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) manifestou hoje (11) preocupação com a possibilidade de a crise na Líbia ter impacto negativo na segurança alimentar na região. O receio, segundo as autoridades, estende-se a todos países vizinhos em decorrência das importações de cereais e perturbações no fluxo de bens e serviços.

As informações são da FAO. "A crise atual provavelmente terá um impacto significativo sobre a segurança alimentar na Líbia e em áreas próximas afetadas pela crise na região. Na Líbia a situação pode levar a uma interrupção súbita das importações e ao colapso do sistema de distribuição interna”, disse a chefe da Emergência do Serviço de Operações da FAO, Daniele Donati.

Segundo a organização, a produção agrícola da região está ameaçada pela falta de sementes e fertilizantes para os agricultores. Na Líbia, a principal área agrícola fica na região de Benghazi, que está sob o poder da oposição, e da capital do país, Trípoli, cujo controle é disputado entre oposicionistas e as forças ligadas ao governo de Muammar Khadafi.

A FAO fez um apelo para a comunidade internacional garantir vigilância eficiente na região com o objetivo de assegurar a qualidade de vida também para o gado e garantias para a produtividade. A taxa de inflação na Líbia, segundo a agência, aumentou 10,4% durante a crise dos alimentos em 2008.

A organização informou que monitora a situação na Líbia a partir dos escritórios regionais no Cairo, no Egito, e em Túnis, na Tunísia. Desde o último dia 15, a Líbia está em conflito envolvendo o grupo ligado a Khadafi e a oposição. Há tiroteios e bombardeios e a estimativa, segundo as organizações não governamentais, é que mil pessoas morreram.

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