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Famílias de reféns insistem para que Netanyahu negocie 2ª fase da trégua em Gaza

Uma autoridade israelense disse à EFE não ter nenhuma novidade sobre essa etapa

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 7 de fevereiro de 2025 às 10h08.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2025 às 10h17.

Membros do Fórum de Famílias de Reféns e Pessoas Desaparecidas pediram nesta sexta-feira, 7, ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que envie uma delegação de negociação ao Catar com um "mandato claro para concluir o acordo e trazer todos os reféns de volta" a Israel, quatro dias após a data que deveria marcar o início das negociações sobre a segunda fase do cessar-fogo, conforme estipulado no acordo.

"Primeiro-ministro Netanyahu, nós o apoiamos e o apoiamos, não perca esta oportunidade: envie a delegação de negociação ao Catar com um mandato claro para concluir o acordo e trazer todos os reféns de volta para casa. Por trás das palavras 'Fase 2' há rostos, famílias e uma nação inteira. Não temos futuro nem esperança sem o retorno deles", declarou o grupo, formado principalmente por parentes dos 76 ainda mantidos em cativeiro, em comunicado.

Embora Netanyahu tenha anunciado há três dias, depois de se reunir com várias autoridades dos Estados Unidos, que uma equipe de negociação viajaria no final desta semana para Doha para "discutir detalhes técnicos relacionados à implementação contínua do acordo", essa viagem ainda não foi realizada.

Cessar-fogo em Gaza: veja como vai funcionar o acordo entre Israel e Hamas

Questionada pela Agência EFE, uma autoridade israelense disse que não tinha "nenhuma novidade" sobre o assunto, enquanto Basem Naim, membro do gabinete político do Hamas, confirmou que as negociações "ainda não começaram".

Esse impasse coloca o frágil cessar-fogo que entrou em vigor na Faixa de Gaza em 19 de janeiro em uma situação ainda mais difícil, segundo a qual as conversas indiretas com os mediadores (EUA, Catar e Egito) sobre a segunda fase do acordo - em que homens israelenses com menos de 50 anos e soldados serão liberados em troca de palestinos - deveriam ter começado no 16º dia, 3 de fevereiro.

Após seu retorno dos EUA, Netanyahu deve reunir o Gabinete de Segurança para discutir a segunda fase do cessar-fogo, que deve começar em 1º de março e dar início a uma "calma duradoura" no enclave palestino, embora o líder israelense continue a insistir na "necessidade" de eliminar o Hamas da Faixa de Gaza e pareça estar pronto para retomar os combates.

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