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Familiares das vítimas do voo MH17 chegam a aeroporto

Os parentes querem obter mais informações sobre a queda do avião que carregava 298 pessoas

Familiares de passageiros do voo MH17 chegam ao Aeroporto de Kuala Lumpur  (REUTERS/Olivia Harris)

Familiares de passageiros do voo MH17 chegam ao Aeroporto de Kuala Lumpur (REUTERS/Olivia Harris)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2014 às 07h05.

Bangcoc - Os primeiros parentes dos passageiros e da tripulação do avião malaio acidentado na Ucrânia começaram a chegar nesta sexta-feira ao aeroporto internacional de Kuala Lumpur para obter informações.

Duas mulheres se abraçavam com um homem a caminho do local de recepção para os familiares no aeroporto, situado em Sepang, a cerca de 45 quilômetros ao sul da capital, segundo a imprensa local.

As autoridades ucranianas acusam os rebeldes pró-russos de terem abatido ontem o avião da Malaysia Airlines com 298 pessoas a bordo na região ucraniana de Donetsk, controlada pelos separatistas.

A Malásia ainda não se recuperou do desaparecimento de outro voo da Malaysia Airlines, o MH370, que desapareceu dos radares no dia 8 de março (dia 7 no Brasil) com 239 pessoas a bordo.

As informações disponíveis indicam que o destino final dessa aeronave foi a região sul do Oceano Índico, após uma mudança deliberada de sua rota entre Kuala Lumpur e Pequim. Porém, ainda não foi encontrado nenhum vestígio desse avião, também um Boeing 777.

Poucas horas depois do desastre na Ucrânia, começaram aparecer nas redes sociais várias mensagens de usuários expressando consternação pelo ocorrido.

"Espero que não seja verdade. Deus salve seus filhos", escreveu no Twitter Maira Elizabeth Nari, filha do chefe dos assistentes de voo do MH370.

Nari pediu aos seus conterrâneos que não disseminem rumores em respeito aos familiares dos passageiros e da tripulação que estava na aeronave.

"Não tínhamos nos recuperado do trauma do MH370 e agora o MH17. Todos os olhares estão na Malásia", afirmou outro cidadão desse país de maioria muçulmana.

Segundo outro internauta, Johan Jaaffar, "centenas de aviões voam no espaço aéreo. Se trata do lugar errado e da hora errada?".

"Estou consternado e horrorizado. E triste. Mas estou rezando para que ocorra um milagre", acrescentou Jaaffar.

O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, lamentou o ocorrido e encarregou uma investigação para esclarecer o acidente do avião, que não enviou um sinal de alarme, segundo o jornal "The Star".

Em entrevista coletiva realizada nesta madrugada, Najib disse que a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) tinha declarado segura a rota que passa pelo território ucraniano e também não havia restrições por parte da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, sigla em inglês).

O governante malaio explicou que conversou por telefone com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, e com o americano Barack Obama. Najib afirmou que os dois concordaram com uma investigação minuciosa do acidente para esclarecer se a aeronave foi abatida.

"Se for confirmado que (o avião) foi abatido, os responsáveis deverão ser levados à Justiça", opinou Najib.

"Este é mais um dia trágico em um ano trágico para a Malásia. Os passageiros do avião eram de muitas nações, mas estamos todos unidos na dor", acrescentou.

No Boeing 777 do voo MH17 viajavam 154 holandeses, 43 malaios (incluídos os 15 membros da tripulação), 27 australianos, 12 indonésios, nove britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos, um canadense e outros 41 que não tiveram sua nacionalidade confirmada.

O avião, que fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur, caiu na região leste de Donetsk, cenário de combates entre as forças governamentais da Ucrânia e os rebeldes pró-russos, que logo após o incidente trocaram acusações pela queda da aeronave. 

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