A justiça do Egito proibiu Hosni Mubarak e sua família de deixar o país (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2012 às 19h48.
Cairo - A família do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak emitiu um comunicado para se defender das "tentativas de prejudicar sua reputação" mediante a publicação de acusações supostamente falsas nos meios de comunicação.
O jornal independente "Al Masry Al-Youm" publicou a nota do representante legal da família Mubarak que assinala que "acusações falsas circularam pela imprensa sem que se tenha confirmado sua exatidão".
O texto nega as informações sobre a existência de quatro contas bancárias com enormes quantidades de dinheiro sob o controle e à disposição da esposa do ex-presidente Suzanne Mubarak e explicou que "são para caridade".
Além disso, destacou que o único direito que a esposa de Mubarak tem sobre essas contas é o de fechá-las, já que é o gabinete da Presidência que as controla.
"Uma vez que o presidente tenha renunciado, o Banco Central foi informado para que congelasse essas contas", indica o comunicado.
Além disso, a família rejeitou a existência de várias contas bancárias no nome dos filhos de Mubarak, Alaa e Mubarak, e acrescentou que "são falsas e têm muito menos dinheiro".
Sobre as notícias que circularam sobre contas da Biblioteca de Alexandria, a nota explica que "só o presidente do Egito tem direito de abrir estas contas e não delegou esse direito a ninguém".
"Tudo o que se escreveu sobre elas (essas contas) é falso, especialmente que o gabinete presidencial informasse ao Banco Central sobre elas e essas contas estão congeladas desde o dia que o presidente renunciou", indicou o documento.
O assessor legal de Mubarak se referia à informação publicada pelo semanário "Al Osboa" que apontava que Mubarak controlava uma conta com US$ 147 milhões com ativos da Biblioteca de Alexandria.
Além disso, o representante legal da família Mubarak pediu a "todos os jornais e meios de comunicação que sejam mais cuidadosos sobre a precisão do que publicam".
No último dia 21, a Procuradoria Geral do Egito solicitou ao Ministério de Assuntos Exteriores o congelamento das contas fora do país do ex-presidente egípcio, sua esposa Suzanne, e de seus dois filhos, Alaa e Gamal, assim como de suas respectiva esposas.
Nesta semana, o procurador-geral Abdelmeguid Mahmoud anunciou que Mubarak e sua família estão proibidos de sair do país.