Kim Jong-nam: a análise do corpo foi concluída na semana passada pela polícia da Malásia (Toshifumi Kitamura/AFP)
EFE
Publicado em 13 de março de 2017 às 10h59.
Última atualização em 13 de março de 2017 às 11h00.
Bangcoc - A família de Kim Jong-nam, irmão mais velho do líder do regime norte-coreano assassinado na Malásia, dispõe de duas a três semanas para reivindicar seu corpo às autoridades do país, informou nesta segunda-feira o ministro da Saúde malaio, Subramaniam Sathasivam.
"Esperamos que isto possa ser resolvido em dois ou três semanas", disse o ministro em resposta às perguntas dos jornalistas sobre o destino dos restos de Kim Jong-nam, que se encontram no necrotério do Hospital Kuala Lumpur, segundo o jornal local "The Star".
O ministro afirmou que as autoridades malaias sabem que Kim Jong-nam tinha esposa e filhos e imaginam que estes desejem recuperar o corpo, mas no caso que ninguém o faça, o governo da Malásia adotará uma decisão.
A polícia da Malásia completou na semana passada a análise dos restos mortais e a entregou ao Ministério da Saúde.
Segundo a investigação policial, Kim Jong-nam morreu no último dia 13 de fevereiro no terminal de saídas internacionais do aeroporto de Kuala Lumpur, aonde tinha ido para retornar a Macau.
Duas mulheres, uma indonésia e um vietnamita, esfregaram em seu rosto o agente nervoso VX e ele morreu a caminho do hospital menos de meia hora depois.
Ambas mulheres, que alegam que achavam que estavam participando de uma brincadeira, foram detidas e acusadas de assassinato.
A polícia procura, além disso, sete norte-coreanos: três que acredita que estão escondidos na embaixada desse país em Kuala Lumpur e outros quatro que supostamente contrataram as mulheres e deixaram o país no mesmo dia do assassinato.
Kim Jong-nam nasceu em 1971 da relação entre o líder norte-coreano, Kim Jong-il, e sua primeira concubina, a atriz Song Hye-rim.
O atual líder norte-coreano, Kim Jong-un, nasceu em 1984 do mesmo pai e sua última consorte, Ko Yong-hui.
O irmão mais velho chegou a ser considerado como o melhor posicionado para herdar a chefia do regime norte-coreano, mas caiu em desgraça em 2001.
Nos últimos anos viveu exilado na China, principalmente em Macau, de onde atraiu a atenção da mídia em 2012 por criticar Pyongyang e seu sistema de sucessão.