Fuselagem do Airbus A400M perto do aeroporto de Sevilha: a aeronave era testada para ser entregue à Turquia; no acidente, quatro tripulantes morreram e dois ficaram feridos (Cristina Quicler/AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2015 às 12h30.
Sevilha - A Airbus Defence and Space confirmou nesta quarta-feira que as análises preliminares apontam como causa do acidente do A400M em 9 de maio em Sevilha, na Espanha, no qual quatro pessoas morreram, o congelamento de três motores da aeronave após a decolagem.
Em comunicado, o fabricante aeronáutico europeu informou que as análises preliminares mostraram que todos os sistemas restantes do avião se comportaram normalmente e não identificaram outra anomalia durante o voo, por isso "não tem recomendação adicional às feitas em 19 de maio".
A Citaam, organismo do Ministério da Defesa da Espanha encarregado da investigação do acidente, confirmou que os motores 1, 2 e 3 experimentaram um congelamento da potência depois da decolagem e não responderam às tentativas da tripulação de controlar os níveis de potência da maneira habitual, enquanto o motor 4 respondeu às demandas de aceleração.
A companhia enviou ontem a todos os operadores do A400M um documento sobre o acidente atualizando o comunicado de alerta remitido em 19 de maio, na qual informava que as leituras do DFDR (registrador de dados) e do CVR (registrador de vozes) foram completadas satisfatoriamente e que as análises preliminares foram realizadas pela Citaam com a assessoria técnica de representantes da Airbus DS.
De acordo com o comunicado, a investigação continuará e novas atualizações serão feitas caso mais informações apareçam.
No último dia 9, um Airbus 400M, que era testado antes para ser entregue à Turquia, caiu perto do aeroporto de Sevilha, de onde tinha decolado. No acidente, quatro tripulantes morreram e dois ficaram feridos.