O Facebook admitiu que o vídeo é "inquietante", mas que seus usuários ainda podiam acessá-lo (Dado Ruvic/Files/Reuters)
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2015 às 10h16.
Londres - Uma organização beneficente britânica dedicada à proteção dos menores criticou nesta sexta-feira o Facebook pela aparição de um vídeo "terrível e inquietante" no qual é possível ver um bebê soluçando enquanto é afundado várias vezes em um balde com água.
A organização, conhecida com as iniciais NSPCC, exigiu ao Facebook que preste contas pela aparição destas imagens, que qualificou de "perturbadoras" e cuja origem é desconhecida.
No vídeo, de quase dois minutos e que muitos meios de comunicação britânicos se negaram a mostrar, aparece uma menina que é pega pelos pés enquanto é afundada reiteradamente em um balde com água.
A NSPCC, que pediu a intervenção do governo britânico, disse que é possível ver que a criança está "aterrorizada e soluçando" e que por momentos deixa de chorar quando a pessoa que a sustenta a muda de posição.
Segundo os meios do Reino Unido, o Facebook considera que o vídeo não viola suas regras.
A responsável de segurança infantil na rede do NSPCC, Claire Lilley, disse hoje que a bebê é pega de uma forma que pode provocar "graves danos" às extremidades e criticou alguns comentários nos meios de que trata-se de "ioga para bebês".
"O que para uma pessoa é ioga para bebês para outra é abuso infantil", acrescentou Lilley.
Lilley acrescentou que esta imagem é "um exemplo do conteúdo que pode estar disponível" nas redes sociais.
Por causa deste caso, a organização beneficente pediu ao ministro britânico de Cultura, Ed Vaizey, que avalie "todas as opções" possíveis para assegurar que a população do Reino Unido não veja este conteúdo "terrível e inquietante".
O Facebook admitiu que o vídeo é "inquietante", mas que seus usuários ainda podiam acessá-lo.
O diretor do Facebook no Reino Unido, Simon Milner, disse hoje à "BBC" que entraram em contato com as autoridades para tentar localizar o bebê.
No vídeo, de má qualidade, não é possível ver o rosto da pessoa que sustenta a menina, mas fala em idioma asiático e o tom da voz sugere que é alguém que parece brincar com a recém-nascida.