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Facebook corta robô de campanha de Netanyahu após postagem contra árabes

Facebook informou que o robô da campanha de Netanyahu violou as políticas de discurso de ódio da rede social e que por isso decidiu suspendê-lo por 24 horas

Benjamin Netanyahu: Likud, partido liderado por Netanyahu, afirmou que a postagem não foi aprovada pelo primeiro-ministro, que discorda da mensagem (Uriel Sinai/Getty Images)

Benjamin Netanyahu: Likud, partido liderado por Netanyahu, afirmou que a postagem não foi aprovada pelo primeiro-ministro, que discorda da mensagem (Uriel Sinai/Getty Images)

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EFE

Publicado em 12 de setembro de 2019 às 10h38.

Última atualização em 12 de setembro de 2019 às 10h39.

Jerusalém —  O Facebook suspendeu temporariamente um robô da campanha do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, após a divulgação de uma mensagem contra os árabes.

"Os árabes querem nos aniquilar", dizia a mensagem recebida pelos usuários do chat, apagada pouco depois pela administração da página de Netanyahu na rede social.

O Likud, partido liderado por Netanyahu, afirmou que a postagem não foi aprovada pelo primeiro-ministro, que discorda da mensagem. Um porta-voz da legenda ainda disse que a publicação foi "um erro de um funcionário da campanha".

O Facebook informou que o robô da campanha de Netanyahu violou as políticas de discurso de ódio da rede social e que por isso decidiu suspendê-lo por 24 horas.

"Também descobrimos que o 'bot' estava fazendo mau uso da plataforma no período de tempo permitido para ligar para as pessoas", disse um porta-voz da rede social.

O candidato da Lista Unida, Ayman Odeh, que reúne os partidos árabes de Israel, afirmou que a decisão do Facebook foi tomada depois de uma denúncia feita pela coalizão.

"Ontem pedimos diretamente ao Facebook que parasse de ser uma tribuna para a incitação perigosa de Netanyahu e hoje vemos os resultados", escreveu o candidato no Twitter.

Netanyahu vem pedindo o apoio do eleitorado árabe para vencer seu principal rival nas eleições que serão realizadas na próxima terça-feira. Benny Gantz, da coalizão Azul e Branco, tem ficado à frente do Likud nas últimas pesquisas de intenção de voto.

O primeiro-ministro chegou a afirmar que o adversário incluirá deputados árabes, como o próprio Odeh, como ministros em um futuro governo, apesar de Gantz não ter dado qualquer sinal de negociação com o Lista Unida, que pode ser a terceira coalizão mais votada no pleito.

Odeh chamou Netanyahu de "psicopata sem limites" durante uma discussão que ocorreu ontem no parlamento de Israel. O premiê tem usado uma suposta aliança entre o Azul e Branco e a Lista Unida para afirmar que Ganz fará um governo de esquerda com os árabes.

Esta não é a primeira vez que Netanyahu ataca a parcela árabe da população de Israel para tentar ganhar votos. Nas eleições de 2015, ele pediu que seus eleitores se mobilizassem porque os árabes estavam "indo em peso" às urnas.

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