Policiais na Irlanda do Norte: autores do ataque se identificam como "IRA" (Peter Muhly/AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 08h50.
Dublin - Uma facção dissidente do já inativo Exército Republicano Irlandês (IRA) reivindicou nesta quinta-feira o assassinato do cidadão norte-irlandês Kevin Kearney, que encontrado morto ontem em um parque do norte de Belfast.
Em um comunicado enviado ao jornal norte-irlandês "Irish News", de ideologia nacionalista, os autores do ataque se identificam como "IRA", embora esteja formado por membros de grupos dissidentes e contrários ao processo de paz na província.
Trata-se do mesmo grupo que assumiu a autoria do assassinato do agente penitenciário David Black, que morreu em um ataque perpetrado no dia 1º de novembro de 2012.
Black, de 52 anos, casado e pai de dois filhos, foi baleado em uma emboscada articulada por um comando do "IRA" em uma estrada que liga as localidades de Portadown e Lurgan. No momento da ação, o agente penitenciário se dirigia à prisão de segurança máxima de Maghaberry, situada ao sul de Belfast.
Em relação ao assassinato de Kearney, um porta-voz do Serviço Policial da Irlanda do Norte (PSNI, na sigla em inglês) informou que uma investigação já foi iniciada, embora ainda não tenha como confirmar a causa de sua morte.
De acordo com o comunicado emitido pela facção dissidente do "IRA", Kearney, de 40 anos e pai de quatro filhos, teria sido baleado.
Este incidente vem à tona pouco antes da chegada do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, a Belfast, onde participará de uma conferência organizada pelo governo norte-irlandês para atrair investimentos estrangeiros à província.