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Fabricante dos implantes mamários PIP é acusado na França

A juíza de instrução Annaïck Le Goff lhe impôs uma fiança de 100 mil euros para que deixasse o tribunal livre mas sob controle judicial

O fundador da PIP reconheceu que deveria ter certificado o material utilizado nas próteses, escolhido porque era mais barato (Juan Barreto/AFP)

O fundador da PIP reconheceu que deveria ter certificado o material utilizado nas próteses, escolhido porque era mais barato (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2012 às 06h19.

Paris - O fabricante dos implantes mamários defeituosos PIP, Jean-Claude Mas, foi acusado por uma juíza de Marselha por sua suposta responsabilidade na comercialização de um silicone potencialmente perigoso, informaram fontes judiciais nesta sexta-feira.

Mas, de 72 anos, foi acusado na noite de ontem por ferimentos involuntários e ficou sob o status de testemunha assistida (que deixa aberta a porta para uma acusação posterior) pela acusação de homicídio culposo, em referência a uma relação causa-efeito entre os implantes PIP e alguns casos de câncer. Esta vinculação, no entanto, ainda não pôde ser provada.

A juíza de instrução Annaïck Le Goff lhe impôs uma fiança de 100 mil euros para que deixasse o tribunal livre mas sob controle judicial, segundo explicaram a defesa e a Promotoria.

Durante sua apresentação perante a magistrada, após ter sido detido no começo da manhã em sua casa na região da Côte D'Azur francesa, o fundador da PIP reconheceu que deveria ter certificado o material utilizado nas próteses, escolhido porque era mais barato, indicou a emissora de rádio 'France Info'.

Mas, porém, também culpou outros diretores da fábrica da empresa, em Seyne-suu-Mer, sudeste da França, que conheciam como ele a composição dos implantes.

O acusado também insistiu que a agência sanitária francesa não considera os implantes cancerígenos, segundo disse seu advogado Yves Haddad.

Nesta sexta-feira, deverá apresentar-se perante a juíza a presidente da associação PPP, Alexandra Blanchère, que defende na França os interesses de vítimas deste escândalo, assim como fez ontem Murielle Ajello, líder do Movimento de Defesa de Mulheres Portadoras de Implantes e Próteses.

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