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FAB depende de caças para reorganizar Defesa

Segundo integrante da equipe de transição, o tema está na agenda de prioridades estratégicas e não deve chegar até o fim do mês sem definição

Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, Lula e Dilma se reunirão para bater o martelo (Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil)

Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, Lula e Dilma se reunirão para bater o martelo (Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2010 às 10h17.

São Paulo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente eleita, Dilma Rousseff, querem discutir a escolha de novos caças para a aviação de combate e, assim, acabar com um impasse do governo federal que se alonga por 15 anos. Segundo revelou ao jornal O Estado de S. Paulo um integrante da equipe de transição, o tema está na agenda das prioridades estratégicas ainda pendentes - que não devem chegar ao dia 31 sem definição.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, que em 20 de novembro previu a possibilidade de haver uma resolução até hoje, disse na segunda-feira que a situação está seguindo a liturgia exigida: “Reunidos, o presidente Lula e a presidente Dilma vão tomar uma decisão." Outro adiamento da escolha do projeto F-X2 para depois da posse da presidente eleita só seria justificado por motivos políticos. Dilma não estaria convencida das vantagens oferecidas pela proposta considerada favorita, a da francesa Dassault, com seu supersônico Rafale. Pediu mais detalhes à Defesa e já recebeu as informações.

A questão técnica do F-X2 foi resolvida. A conclusão do time de peritos é de que os três finalistas podem cumprir a missão pretendida pela Aeronáutica, de acordo com a peculiaridade de cada um dos projetos. O americano F-18 E/F é o mais provado em batalha. O sueco Gripen traz a possibilidade do desenvolvimento de uma aeronave de combate em grande parte brasileira. O francês Rafale oferece entrega irrestrita de tecnologia, a cláusula fundamental das consultas feitas pela FAB.

A França mantém uma parceria estratégica e militar com o Brasil por meio de ampla cooperação no campo nuclear. O resultado desse acordo é o desenvolvimento de uma família de submarinos de propulsão atômica, armados com torpedos e mísseis. O primeiro vai para o mar em 2021. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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