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Extremista foragido grego promete retomar luta armada

Beneficiado por um indulto para passar o fim do ano com a família, Christodoulos Xiros não voltou para a prisão em 7 de janeiro


	Protesto na Grécia: em mensagem, Xiros critica papéis desempenhados pela mídia, pelo judiciário, pela polícia e pelo partido extrema direita Aurora Dourada durante crise
 (Milos Bicanski/Getty Images)

Protesto na Grécia: em mensagem, Xiros critica papéis desempenhados pela mídia, pelo judiciário, pela polícia e pelo partido extrema direita Aurora Dourada durante crise (Milos Bicanski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 14h22.

Atenas - Um extremista grego condenado a seis penas de prisão perpétua por envolvimento em diversos atentados está fora da cadeia e prometeu retomar a luta armada contra o governo de seu país.

Christodoulos Xiros, de 55 anos, foi condenado em 2003 junto com seus dois irmãos. Os três integravam o grupo radical de esquerda 17 de Novembro.

Beneficiado por um indulto para passar o fim do ano com a família, Xiros não voltou para a prisão em 7 de janeiro. Hoje, ele apareceu em um vídeo publicado na internet e leu um texto de sete páginas no qual prometeu voltar a pegar em armas.

"Uma vez mais decidi fazer o fuzil da guerrilha trovejar contra aqueles que roubaram nossas vidas e venderam nossos sonhos para poderem lucrar", declarou Xiros ao ler uma mensagem de sete páginas na qual denuncia a forma como a crise que levou a Grécia à bancarrota foi conduzida.

Na mensagem, Xiros critica os papéis desempenhados pela mídia, pelo judiciário, pela polícia e pelo partido extrema direita Aurora Dourada durante a crise e conclamou as forças de segurança a participarem da luta armada contra o governo.

Xiros também dirige duras palavras e ameaças aos dois partidos que integram a atual coalizão de governo na Grécia: o conservador Nova Democracia e o socialista Pasok. Para ele, os legisladores de ambos os partidos praticaram "traição", e "o preço dessa traição é a morte".

Em outra referência à crise, Xiros qualifica a Grécia e os demais países europeus como "colônias sob ocupação alemã".

Xiros militou no grupo rebelde 17 de Novembro, fundado na década de 1970 e desarticulado em 2002. O grupo reivindicou atentados que resultaram em 23 mortes, inclusive de diplomatas britânicos, norte-americanos e turcos, além de oficiais do exército. Fonte: Associated Press.

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