Simpatizantes do grupo de extrema-direita britânico English Defense League (EDL): os manifestantes de extrema direita levaram cartazes com lemas como "Sangue em vossas mãos" e "Reino Unido RIP". (REUTERS/Luke MacGregor)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2013 às 15h40.
Londres - Simpatizantes do grupo de extrema-direita britânico English Defense League (EDL) se manifestaram nesta segunda-feira no centro de Londres escoltados pela polícia e com lemas de ordem contra a comunidade muçulmana, dias depois do assassinato do soldado Lee Rigby, informam meios britânicos.
Cantando palavras de ordem como "Assassinos muçulmanos fora de nossas ruas", os participantes abriram passagem através de um cordão policial em direção à popular Trafalgar Square.
Os membros da EDL (Liga Para a Defesa Inglesa) cantaram, entre outras, a frase "Só há um Lee Rigby", o militar britânico de 25 anos assassinado na quarta-feira passada no sul de Londres por dois supostos radicais islâmicos.
O crime gerou apreensão pelos possíveis atritos entre as comunidades que convivem no país e provocou nos últimos dias vários incidentes contra a comunidade muçulmana, como alguns ataques a mesquitas.
Os manifestantes de extrema direita levaram cartazes com lemas como "Sangue em vossas mãos" e "Reino Unido RIP".
Os presentes caminharam ao lado do emblemático edifício do Arco do Almirantado rumo à Praça do Parlamento, escoltados o tempo todo por agentes e furgões da Polícia Metropolitana de Londres, enquanto um helicóptero sobrevoava a área.
Um porta-voz da Scotland Yard informou que o trânsito foi fechado em alguns pontos de Whitehall (complexo de escritórios do governo britânico), "devido à realização de várias manifestações".
Após a morte de Rigby a golpes de facão e a plena luz do dia no bairro de Woolwich (sudeste de Londres), os suspeitos do crime - os britânicos de origem nigeriano Michael Adebolajo, de 28 anos, e Michael Adebowale, de 22, já detidos - justificaram a ação em nome de Alá.
Os dois homens permanecem sob custódia policial, internados em dois hospitais da capital, aonde foram levados após ficarem feridos por disparos da polícia.