Plataforma em Teerã: exportações do Irã têm diminuído de maneira constante neste ano desde a média de 2,2 milhões de barris diários em 2011 (Reuters)
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2012 às 16h55.
Nova York - As exportações iranianas de petróleo em julho serão reduzidas em mais da metade em comparação com a média de 2011, pelas novas sanções ocidentais, que estão reduzindo o fornecimento, e custando a Teerã mais de 3 bilhões de dólares por mês em receita perdida.
A queda nas exportações de petróleo, atividade fundamental para a economia iraniana, aumentará a dificuldade de Teerã em conter a crescente inflação e o desemprego, em meio a uma disputa com o Ocidente sobre seu programa nuclear.
"Eles finalmente terão que parar a produção. Nesses momentos, parece muito improvável que eles obtenham algum alívio em curto prazo das sanções", disse um executivo de uma empresa petroleira do ocidente, com um grande histórico de negócios com o Irã.
As exportações em julho vão diminuir em até, 1,1 milhão de barris por dia (BPD), disse uma fonte do setor familiarizada com os planos de exportação mensal do Irã, que não pode ser identificada devido à sensibilidade do assunto.
As exportações do Irã têm diminuído de maneira constante neste ano desde a média de 2,2 milhões de barris diários em 2011, com compradores usuais reduzindo as importações, a fim de cumprir com os termos das sanções impostas pelos Estados Unidos e União Europeia por suspeitas de que a República Islâmica planejava fabricar uma bomba atômica.
Teerã afirma que suas atividades nucleares são desenvolvidas para fins pacíficos.
Estima-se que o país tenha exportado entre 1,2 milhão e 1,3 milhão de barris por dia em junho, disseram fontes da indústria no mês passado.
Se o Irã exportou 1,1 milhão bpd em julho, o que significa que o orçamento do país perderá cerca de 3,4 bilhões de dólares em faturamento fiscal mensal em comparação com o ano anterior, quando as vendas ao exterior totalizaram 2,2 milhões bpd e os preços do petróleo Brent eram de 110 dólares por barril, contra os 100 dólares cobrados hoje em dia.