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Israel faz ataque aéreo na capital do Irã; dois militares iranianos morreram

Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), ataque ocorreu em retaliação a ofensivas iranianas contra o país neste ano

Publicado em 25 de outubro de 2024 às 20h35.

Última atualização em 26 de outubro de 2024 às 09h02.

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As Forças de Defesa de Israel (FDI) conduziram ataques contra o Irã nesta sexta-feira, 25, segundo comunicado divulgado. A ofensiva se encerrou por volta da 1h da manhã (no horário de Brasília) deste sábado, 26, segundo as autoridades israelenses.

"Em resposta a meses de ataques contínuos do regime no Irã contra o Estado de Israel, neste momento, as Forças de Defesa de Israel estão realizando ataques precisos contra alvos militares no Irã", informou o porta-voz da FDI no X, antigo Twitter.

De acordo com o comunicado, o regime no Irã e seus aliados na região "têm atacado Israel incansavelmente desde 7 de outubro—em sete frentes—incluindo ataques diretos a partir do território iraniano".

"Como qualquer outro país soberano no mundo, o Estado de Israel tem o direito e o dever de responder. Nossas capacidades defensivas e ofensivas estão totalmente mobilizadas. Faremos o que for necessário para defender o Estado de Israel e o povo de Israel", diz o comunicado.

As FDI anunciaram neste sábado o fim de sua resposta contra o Irã, após várias horas de “ataques precisos contra alvos militares” em represália “pelos meses de ataques contínuos do regime do Irã contra o Estado de Israel”.

“Posso confirmar que concluímos a resposta aos ataques do Irã contra Israel”, anunciou o porta-voz das FDI, Daniel Hagari, em um comunicado publicado na madrugada.

Os Estados Unidos foram notificados por Israel antes de seus ataques a alvos no Irã, mas não participaram da operação. "Entendemos que Israel está realizando ataques direcionados contra alvos militares no Irã como um exercício de autodefesa e em resposta ao ataque de mísseis balísticos do Irã contra Israel em 1º de outubro", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Sean Savett.

Diante da escalada do conflito no Oriente Médio, Washington tenta evitar uma ampliação maior da guerra. O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou na última quarta-feira que a retaliação de Israel não deveria levar a uma escalada maior.

Explosões no Irã e militares mortos

Ao menos dois militares iranianos morreram por causa do ataque de Israel, informou o Exército do país persa.

“O exército da República Islâmica do Irã sacrificou ontem à noite dois dos seus soldados enquanto enfrentava projéteis lançados pelo regime criminoso sionista, a fim de defender a segurança do Irã e evitar danos à nação e aos interesses do Irã”, informaram as Forças Armadas em comunicado divulgado pela agência de notícias "Tasnim".

Várias explosões foram ouvidas na capital do Irã, Teerã, e na cidade vizinha de Karaj, durante a manhã deste sábado, 26, de acordo com meios de comunicação semi-oficiais iranianos. A causa dos estrondos ainda não foi determinada, e até o momento, as autoridades não se manifestaram sobre o incidente.

A agência de notícias oficial do Irã, IRNA, citou uma fonte de segurança afirmando que alguns dos sons ouvidos na capital foram causados por "atividade de defesa em Teerã, e a defesa aérea foi bem-sucedida durante o incidente".

Em uma publicação separada no Telegram, a IRNA informou que não houve relatos de incidentes que exigissem assistência e acrescentou que a situação no Aeroporto Internacional de Mehrabad e no Aeroporto Internacional Imam Khomeini estava "normal".

A situação ocorre em meio a tensões crescentes na região, especialmente após um ataque de mísseis balísticos conduzido pelo Irã em 1º de outubro contra Israel. Este foi o segundo ataque direto de Teerã contra Israel nos últimos seis meses, elevando o risco de retaliações na região.

Explosões também atingem Damasco

Na Síria, relatos de explosões foram ouvidos na capital, Damasco. A agência estatal SANA afirmou que as defesas aéreas do país continuam a interceptar alvos hostis, sem especificar a origem ou a natureza dos ataques. A imprensa libanesa, através do veículo Al Mayadeen, também indicou relatos de estrondos nas províncias iraquianas de Diyala e Salah Al-Din, reforçando a possibilidade de uma escalada de violência regional.

Os eventos recentes demonstram uma crescente tensão entre Irã e Israel, além de um cenário de instabilidade na Síria, país já devastado por anos de conflito. A origem e a responsabilidade das explosões em Teerã e Damasco permanecem incertas, e mais detalhes são aguardados para avaliar a gravidade e as possíveis consequências das ações.

Repercussão

À Reuters, um oficial da Casa Branca que resolveu não se identificar declarou que "a Vice-Presidente foi informada sobre os ataques direcionados de Israel contra alvos militares no Irã. Ela está acompanhando de perto os desdobramentos e continuará sendo atualizada."

“Os sons (de explosões) foram devidos às ações dos sistemas de defesa do exército em três locais ao redor de Teerã contra a ação militar israelense”, acrescentou.

Um segundo ataque foi realizado mais tarde no centro e no leste da capital iraniana, mas o alvo não é conhecido.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, realizou uma reunião de segurança no centro de operações da Força Aérea em Kirya com o ministro da Defesa, o chefe de gabinete das FDI, o chefe do serviço de inteligência Mossad e o chefe da agência de segurança interna (Shin Bet).

O Irã atacou Israel com cerca de 180 mísseis em 1º de outubro, em resposta ao assassinato do líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute, e do líder do grupo islâmico palestino Hamas, Ismael Haniyeh, em Teerã, em julho - as duas facções são apoiadas por Teerã.

Com Agência EFE

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