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Explosões em sede do Partido Comunista Chinês deixam 1 morto

Pelo menos uma pessoa morreu e oito pessoas ficaram feridas em uma série de explosões diante de uma sede regional do Partido Comunista Chinês

Rua é interditada depois de uma série de explosões na China: tipo de ato diante da sede do partido único chinês é pouco frequente (AFP)

Rua é interditada depois de uma série de explosões na China: tipo de ato diante da sede do partido único chinês é pouco frequente (AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2013 às 08h47.

Pequim - Pelo menos uma pessoa morreu e oito pessoas ficaram feridas em uma série de explosões nesta quarta-feira diante de uma sede regional do Partido Comunista Chinês, na região norte do país, pouco mais de uma semana depois de um atentado na Praça Tiananmen (Paz Celestial).

"Foram registradas várias detonações de artefatos explosivos de pequeno volume nas proximidades do comitê provincial do partido em Taiyuan", capital da província de Shanxi, no norte da China, anunciou a polícia local.

"Funcionários da segurança pública já estão no local para investigar o incidente", segundo um comunicado oficial.

O governo provincial informou que as explosões aconteceram pouco antes das 8H00 e deixaram um morto e oito feridos, um deles em estado grave.

Este tipo de ato diante da sede do partido único chinês é pouco frequente, ao contrário das manifestações nas ruas e de outras formas de protesto por motivos sociais ou de defesa do meio ambiente. As pessoas que usam explosivos geralmente estão desesperadas e cometem suicídio, o que muitas vezes provoca outras mortes.

Segundo a agência estatal de notícias Xinhua, as bombas, ao que parecem de fabricação caseira, estavam carregadas com pedaços metálicos para provocar mais danos.

A emissora pública CCTV informou que algumas bombas explodiram em canteiros com flores na entrada da sede do partido.

O canal informou que 20 carros estacionados na região sofreram danos e que os bombeiros e a polícia realizam trabalhos de resgate e de investigação.


De acordo com o site do jornal Caixin, sete explosões foram registradas.

Fotos publicadas na rede social Weibo, o equivalente chinês do Twitter, mostraram vários veículos com múltiplos impactos.

Na rua Yingze, local das explosões, aconteceu na semana passada um protesto de 200 operários que foram demitidos.

As explosões ocorrem uma semana após três uigures da região de Xinjiang jogarem um carro carregado de galões de gasolina contra a multidão na entrada da Cidade Proibida, na Praça da Paz Celestial, em Pequim.

O ataque deixou cinco mortos, incluindo os três agressores, e 40 feridos.

A imprensa oficial destacou que o atentado, não reivindicado, teve a participação de oito "terroristas".

O governo afirmou que o ataque teve o apoio de um grupo separatista, o Movimento Islâmico do Turquestão Oriental.

As autoridades não apresentaram provas para apoiar a acusação. Para as organizações uigures, as afirmações são meros pretextos para justificar mais repressão na região.

Xinjiang é uma imensa região autônoma no extremo oeste da China e com regularidade é afetada por distúrbios, que as autoridades atribuem a "terroristas" e "separatistas".

O Comitê Central do Partido Comunista deve se reunir em sessão plenária no próximo fim de semana para discutir, entre outros temas, importantes reformas econômicas.

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