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Explosões e tiros têm impacto em aeroporto de Donetsk

Fortes explosões e tiros de artilharia fizeram tremer nesta segunda-feira o aeroporto de Donetsk, apesar das tentativas de negociação para encerrar confrontos


	Soldados russos na região de Donetsk: um lado acusa ao outro de violar o cessar-fogo e a situação no leste ucraniano se deteriorou
 (Alexander Khudoteply/AFP)

Soldados russos na região de Donetsk: um lado acusa ao outro de violar o cessar-fogo e a situação no leste ucraniano se deteriorou (Alexander Khudoteply/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2014 às 11h45.

Donetsk - Fortes explosões e tiros de artilharia fizeram tremer nesta segunda-feira o aeroporto de Donetsk, no leste da Ucrânia, apesar das tentativas de negociação para encerrar os confrontos que colocam em cheque um cessar-fogo nas regiões controladas por separatistas.

Um repórter da Reuters que estava próximo ao aeroporto estrategicamente importante viu clarões de tiros de artilharia provenientes de várias posições e escutou frequentes explosões em novos confrontos entre os rebeldes pro-Rússia e forças do governo de Kiev, apesar de uma trégua acordada em 5 de setembro.

Um líder separatista, Andrei Purgin, disse neste domingo que os rebeldes alcançaram um acordo com as forças ucranianas para que se interrompam os bombardeios ao redor do aeroporto de Donetsk, cujo controle é reivindicado tanto pelas forças de Kiev como pelos rebeldes.

Mas um porta-voz militar em Kiev disse em comunicado que a interrupção era apenas para permitir que os rebeldes recuperassem seus mortos e feridos do aeroporto e que houve um alívio nos combates durante a noite. "Agora, como eu entendo, eles recolheram os corpos e começaram a atirar novamente", disse o porta-voz, Vladyslav Seleznyov.

Um lado acusa ao outro de violar o cessar-fogo e a situação no leste ucraniano se deteriorou desde que os rebeldes realizaram uma eleição de líderes em 2 de novembro, numa votação que Kiev e o Ocidente disseram ter sido uma violação do acordo de cessar-fogo.

Kiev respondeu dizendo que não iria mais destinar recursos financeiros às áreas controladas por rebeldes e acusou a Rússia de ter enviado tropas e tanques para apoiar os separatistas, acusação negada por Moscou.

Os ministros das Relações Exteriores europeus estão reunidos em Bruxelas para discutir como responder à eleição de 2 de novembro. Representantes disseram que os chanceleres devem concordar na imposição de sanções pessoais a alguns rebeldes, mas seria improvável que baixassem novas medidas contra a Rússia, já sancionada diversas vezes.

O porta-voz militar ucraniano Andriy Lysenko disse a repórteres em Kiev que seis membros das Forças Armadas foram mortos nas últimas 24 horas e listou várias trocas de tiros de artilharia com os rebeldes.

Os rebeldes não deram detalhes sobre vítimas. O conflito já deixou mais de 4 mil pessoas desde a indulgência dos rebeldes em meados de abril, um mês depois que a Rússia anexar a região ucraniana da Crimeia em reposta à deposição do presidente pro-Moscou.

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