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Explosão no norte da Síria deixa 30 mortos

Dezenas ficaram feridos após um ataque aéreo contra um posto de gasolina

Rebeldes ajudam colega ferido em Alepo, na Síria
 (Marco Longari/AFP)

Rebeldes ajudam colega ferido em Alepo, na Síria (Marco Longari/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 14h08.

Beirute - Pelo menos 30 civis morreram e dezenas ficaram feridos em uma explosão após um ataque aéreo contra um posto de gasolina de Ain Isa, na província síria de Raqqa, em um dia marcado pela violência e no qual os rebeldes afirmaram ter derrubado um helicóptero na periferia de Damasco.

Dezoito meses depois do início da revolta contra o regime do presidente Bashar al-Assad que se transformou, em resposta à repressão, em verdadeira guerra civil, mais de 29.000 pessoas, entre elas 20.755 civis, morreram em episódios de violência, segundo um balanço divulgado pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) antes do novo incidente.

"Pelo menos 30 pessoas morreram e 83 ficaram feridas, mas informações não confirmadas dão conta de mais de 50 mortos", declarou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

"Advogados e ativistas nesta região afirmaram que a explosão foi provocada por um ataque aéreo", informa o OSDH, organização com sede no Reino Unido que tem uma rede de informantes na Síria.

"Este posto de gasolina é o único que funciona na zona. Foi atingido por um avião de combate", afirmou um ativista da província contactado por Skype pela AFP.

O ativista, que se apresentou como Abu Muawiya, acusou o Exército de tentar matar o maior número possível de civis.

"A única razão que pode levar alguém a bombardear este posto com um avião de combate é matar o maior número possível de pessoas", disse Muawiya.

Estas informações não puderam ser confirmadas por fonte independente.


O OSDH informou ainda que um helicóptero foi "derrubado por combatentes rebeldes" em Tal al-Kurdi, 13 km ao noredste de Damasco, uma cidade conhecida pelo apoio aos insurgentes.

Segundo a televisão estatal, o acidente foi consequência de um contato em pleno voo entre o helicóptero militar e um avião comercial que transportava 200 passageiros, mas que conseguiu pousar sem problemas.

Desde o início da revolta, a rebelião anunciou várias vezes ter derrubado helicópteros ou aviões do Exército.

O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão da oposição, informou que helicópteros bombarderam durante a manhã a localidade de Hajar al-Aswad, ao sul da capital, assim como Qadam, Asali e Tadamun.

O CNS renovou o apelo à comunidade internacional, por considerar que a "resposta ao que acontece na cidade mais antiga do mundo (Damasco) é completamente insuficiente".

Em Aleppo, as forças do regime bombardearam os bairros rebeldes de Hanano, Inzarat, Sakhur, Shaar, Salhin, e as localidades de Al-Baba e Baza.

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