Policial egípcio: explosão destruiu o carro blindado onde estavam policiais (Mahmud Khaled/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2014 às 17h18.
El-Arish - Uma explosão matou seis policiais egípcios na fronteira da cidade de Rafah na península de Sinai nesta terça-feira.
Segundo autoridades, o ataque segue as características das ações de um grupo local inspirado na Al Qaeda.
A bomba estava escondida sob o asfalto de uma rodovia, numa área chamada Wadi Halfa, onde um comboio de policiais e militares passava no começo da manhã.
A explosão destruiu o carro blindado onde estavam os policiais. O objetivo do comboio era encontrar explosivos, mas as autoridades egípcias não deixaram claro se as vítimas estavam fazendo a busca no momento do ataque.
A explosão desta terça-feira é idêntica a ocorrida no dia 2 de setembro, que matou 11 policiais na mesma aérea com uma bomba subterrânea detonada remotamente.
Desde o ano passado os extremistas islâmicos têm intensificado os ataques contra a polícia e o Exército do Egito em retaliação a ação militar que tirou o então presidente Mohammed Morsi do poder em julho de 2013.
O governo do Egito atribui os ataques à Irmandade Muçulmana, mas o grupo nega as acusações.
Um grupo conhecido como Ansar Beit al-Maqdis, inspirado na Al-Qaeda, assumiu a responsabilidade pela maioria dos principais ataques e alega que está se vingando pela extensa repressão do governo aos partidários islâmicos de Morsi.
A insurgência é mais intensa na península Sinai, região onde atuam o Ansar Beit al-Maqdis e outros grupos extremistas.
Há anos a região norte, na fronteira com Gaza e Israel, é um reduto militante e um canal para o contrabando de armas e outros bens.
Desde a queda e prisão de Morsi, a força militar egípcia lançou uma ofensiva contra os militantes rebeldes.
Na segunda-feira, o Exército disse que suas tropas mataram 56 rebeldes e apreenderam uma grande quantidade de explosivos desde o final de agosto.
Fonte: Associated Press.