A forte explosão provocou sérios danos à fachada do edifício da representação diplomática italiana e em outros imóveis próximos no bairro de Bulaq Abu Laela (REUTERS/Mohamed Abd El Ghany)
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2015 às 09h48.
Cairo - Ao menos uma pessoa morreu e dez ficaram feridas neste sábado após a explosão de uma bomba em frente ao consulado da Itália no centro do Cairo, segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde do Egito.
A forte explosão provocou sérios danos à fachada do edifício da representação diplomática italiana, que estava fechada no momento do ataque, e em outros imóveis próximos no bairro de Bulaq Abu Laela.
Os explosivos foram colocados em um carro estacionado na frente do consulado e detonados por controle remoto, indicou o Ministério do Interior do Egito em comunicado, no qual também informou que todas as vítimas são civis.
O porta-voz do Ministério da Saúde, Hosam Abdelgafar, explicou à emissora oficial egípcia que os feridos foram levados a quatro hospitais da região com contusões e queimaduras. Alguns deles continuam em observação.
Em Roma, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo Gentiloni, disse que não há vítimas italianas no ataque e que seu país "não se deixará intimidar".
A embaixada da Itália no Cairo enviou uma mensagem aos cidadãos italianos residentes no Egito, recomendando "aumentar as precauções e limitar os movimentos".
Até agora, nenhum grupo reivindicou a autoria do atentado e não está claro se o objetivo era, de fato, atingir o consulado italiano.
O juiz egípcio Ahmed Fudali, defensor do governo do presidente Abdul Fatah al Sisi, disse à Agência Efe ser o alvo do atentado. Segundo o magistrado, a explosão teria sido uma "tentativa de assassinato".
Fudali explicou que estava na Associação de Jovens Muçulmanos, cuja sede fica em frente ao consulado, e que deixou a entidade pouco antes da explosão.
Segundo sua versão, o carro-bomba não pôde ser estacionado na porta da associação por causa da presença de policiais que proibiam que veículos parassem no local.
O primeiro-ministro do Egito, Ibrahim Mehleb, e o ministro do Interior, Madi Abdelgafar, estão no local do atentado. Abdelgafar disse que as forças de segurança prosseguirão com os esforços para erradicar o terrorismo no país.
Os atentados terroristas aumentaram no Egito, principalmente contra as forças de segurança, desde o golpe militar do dia 3 de julho de 2013 que derrubou o então presidente, Mohammed Mursi.
No último dia 29 de junho, o procurador-geral do Egito, Hisham Barakat, foi morto em um atentado com carro-bomba no Cairo. Dois dias depois, foi registrada uma série de ataques contra postos de controle na Península do Sinai que provocaram dezenas de mortes.