Veículos de emergência são fotografados do lado de fora da mina de carvão Zasyadko, em Donetsk: a cidade é controlada pelos separatistas pró-Rússia (REUTERS/Baz Ratner)
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2015 às 06h38.
Kiev - Pelo menos 32 operários morreram nesta quarta-feira após uma explosão de gás metano em uma mina de carvão em Donetsk, no leste da Ucrânia, cidade que é controlada pelos separatistas pró-Rússia, informou o presidente do parlamento ucraniano, Vladimir Groisman.
"Esta manhã aconteceu uma tragédia na mina Zasiadko. Há vítimas fatais. Até o momento são 32 pessoas", disse Groisman durante a sessão matutina da Câmara.
O chefe do Ministério de Situações de Emergências da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD), Alexei Kudenko, não pôde confirmar a informação oferecida por Kiev.
"Não sabemos nada sobre os 30 mortos e não podemos confirmar essa informação", disse Kudenko à agência russa "Interfax".
Durante a madrugada de hoje, as autoridades rebeldes chegaram a informar que uma pessoa tinha morrido, 14 estavam feridas e 74 operários tinham ficado soterrados após a explosão em uma das minas mais importantes da Ucrânia, inaugurada em 1958, no período soviético.
Pouco depois, o líder do Sindicato Independente de Mineradores da Ucrânia, Mikhail Volinets, informou à agência russa "RIA Novosti" que a explosão aconteceu às 5h20 locais (0h20 de Brasília) e que não tinha nenhuma informação sobre o estado de saúde dos operários.
Acrescentou que os serviços de emergências conseguiram resgatar do local do acidente cinco trabalhadores com queimaduras de vários graus.
A mina Zasiadko tem um longo histórico de acidentes. O maior deles foi registrado no dia 18 de novembro de 2007, quando 101 trabalhadores morreram.
As minas de carvão ucranianas, especialmente as da bacia da região de Donetsk, figuram entre as mais perigosas do mundo, pois com dezenas de acidentes todos os anos.
A cidade de Donetsk e grande parte de toda a região da bacia carbonífera do leste da Ucrânia é cenário de um conflito armado entre as forças de Kiev e os separatistas desde abril do ano passado.