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Explosão em comício do presidente do Zimbábue deixa vários feridos

A explosão ocorreu segundos depois de o presidente deixar o palanque escoltado por seguranças, soldados e líderes de seu partido.

Presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, durante evento em Mutare 19/05/2018 (Philimon Bulawayo/Reuters)

Presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, durante evento em Mutare 19/05/2018 (Philimon Bulawayo/Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de junho de 2018 às 12h48.

Última atualização em 23 de junho de 2018 às 17h01.

Harare - Uma explosão registrada neste sábado durante um comício do presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, em Bulawayo, a segunda maior cidade do país, deixou oito feridos.

"O presidente Mnangagwa não ficou ferido e está na State House de Bulawayo", afirmou o porta-voz da presidência, George Charamba, ao jornal estatal "The Herald".

"Estamos investigando e divulgaremos mais detalhes. Houve múltiplos atentados contra a vida do presidente nos últimos cinco anos", acrescentou o porta-voz.

Charamba informou que houve pelo menos oito feridos no estádio White City, onde foi realizado o comício

O vice-presidente do país, Constantito Chiwenga, que também participava do comício, saiu ileso, mas outro vice-presidente, Kembo Mohadi, sofreu ferimentos em uma perna e foi levado a um hospital, informou a emissora estatal "ZBC".

A esposa de Chiwenga, Mary Chiwenga, também ficou ferida, assim como a ministra do Meio ambiente, Oppah Muchinguri Kashiri, que "está em estado de choque e tinha algunas ferimentos no peito", disse Charamba.

A explosão ocorreu segundos depois de o presidente deixar o palanque escoltado por seguranças, soldados e líderes de seu partido.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram como a explosão destruiu parte do palco do comício, que era acompanhado por milhares de pessoas. O público foge para se proteger do ataque.

"Esta tarde, quando deixávamos um comício maravilhoso em Bulawayo, houve uma explosão no palanque. Várias pessoas foram afetadas pela explosão e já as visitei no hospital", escreveu Mnangagwa em sua conta no Twitter após o incidente.

"Enquanto aguardamos mais informações, os meus pensamentos e orações estão com os afetados por este ato de violência sem sentido", acrescentou o presidente.

"Continuaremos unidos e abordaremos as nossas diferenças de maneira pacífica. A resposta mais contundente à violência é a paz. Deus abençoe o Zimbábue", concluiu.

Líder da União Nacional Africana do Zimbábue - Frente Patriótica (ZANU-PF), Mnangagwa fazia um comício como parte da campanha das eleições presidenciais de 30 de julho, a primeira desde a queda do ex-presidente Robert Mugabe.

O pleito também é o primeiro desde que o Zimbábue declarou independência do Reino Unido, em 1980, que Mugabe não é candidato. O ex-presidente vive em sua mansão em Harare, capital do país, desde o golpe militar que o derrubou do poder em novembro do ano passado.

O governo de Mnangagwa, que terá como principal adversário o líder do Movimento pela Mudança Democrática (MDC), Nelson Chamisa, promete eleições livres e imparciais, mas enfrenta denúncias de violência, corrupção e intimidação, comuns na época de Mugabe.

As eleições do Zimbábue serão supervisionadas, entre outros, por uma missão da União Europeia, algo que não ocorre desde 2002, quando Mugabe decidiu expulsar os observadores do bloco do país. EFE

 

 

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