Antártica: o Brasil faz parte de um seleto grupo de 29 países que possuem estações científicas na região (Alan Arrais/NBR/Agência Brasil)
Agência
Publicado em 21 de abril de 2023 às 07h57.
A China concluiu sua 39ª expedição à Antártida no início de abril, com tarefas que incluíam pesquisas sobre mudanças climáticas globais, o reabastecimento de materiais e a rotação de funcionários em duas estações no Polo Sul.
Desde que iniciou suas expedições à Antártida em 1984, o país construiu um sistema de monitoramento polar composto por navios de pesquisa, aviões polares de asa fixa e um robô subaquático autônomo, afirmou Liu Jiaqi, acadêmico da Academia Chinesa de Ciências (CAS) e pesquisador do Instituto de Geologia e Geofísica da CAS, segundo um relatório publicado pelo People’s Daily em março.
Durante quase 40 anos de pesquisa, o país estudou o ambiente ecológico, a evolução do clima e a geologia da região, além de elaborar o primeiro mapa topográfico do interior antártico, acrescentou Liu.
A China construiu quatro estações de pesquisa na região antártica – Estações Grande Muralha, Zhongshan, Kunlun e Taishan – e está agora construindo a quinta.
A nova base de pesquisa, na Ilha Inexpressível, na Baía de Terra Nova, no Mar de Ross, será construída para monitoramento e proteção ambiental, fornecendo garantia para investigações e servindo como instalações de resgate e emergência, de acordo com um relatório da Xinhua em 2017.
A nova estação preencherá a lacuna na pesquisa antártica da China, uma vez que as estações Grande Muralha e Zhongshan cobrem o Atlântico e o Oceano Índico, respectivamente.
Desde que a China se tornou uma parte consultiva do Tratado da Antártica em 1958, a atividade antártica do país tem sido limitada a fins pacíficos, disse Chen Hong, diretor executivo do Centro de Estudos da Ásia-Pacífico da Universidade Normal do Leste da China, ao Global Times na quarta-feira.
A quinta estação de pesquisa do país será equipada com um heliponto e um cais quebra-gelo apenas de acordo com suas atividades científicas, disse Chen, acrescentando que não há evidências de que as atividades de pesquisa científica da China na Antártida tenham um propósito militar.
Tradução: Mei Zhen Li
Fonte: Huanqiu