Mulher idosa (iStock/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2017 às 08h00.
Última atualização em 4 de março de 2017 às 08h00.
Em 2030, a expectativa de vida vai atingir o índice mais alto da história, quebrando a barreira dos 90 anos. É o que diz uma pesquisa realizada pelo Imperial College London, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 35 países emergentes e desenvolvidos – o Brasil não está nessa lista.
O resultado mostrou que os sul-coreanos estão no topo do ranking da longevidade. Pesquisadores preveem que uma menina nascida na Coreia do Sul em 2030 pode viver 90,8 anos. Já um menino chegaria a 84,1 anos.
“A Coreia do Sul se desenvolveu muito: tem sido um país mais igualitário que beneficia a população com boa educação e nutrição, por exemplo”, explicou a pesquisadora Majid Ezzati à BBC. Segundo ela, os sul-coreanos também avançaram muito na medicina, no combate à hipertensão e ao tabagismo, têm uma das taxas mais baixas de obesidade e oferecem bons serviços médicos.
Entre os países desenvolvidos, os Estados Unidos vão atingir um dos menores índices de expectativa nos próximos 13 anos, com homens e mulheres chegando na casa dos 79,5 e 83,3 anos, respectivamente – números bem semelhantes ao de países de renda média, como a Croácia e o México. Entre os fatores que pesaram nas estatísticas americanas estão as altas taxas de homicídios, de obesidade e de mortalidade materna e infantil.
Já na Europa, as mulheres francesas e os homens suíços viverão mais: 88,6 anos para elas e cerca de 84 anos para eles.
O Japão, que sempre foi o retrato da longevidade, vai cair algumas posições no ranking e ficará atrás da Coreia e da França, com média de 88,4 anos.
Os dados também mostram que a lacuna entre homens e mulheres vai diminuir, com o sexo masculino ganhando uns aninhos a mais. “Os homens tinham hábitos menos saudáveis, portanto, menor expectativa de vida. Eles fumavam e bebiam mais, estavam mais suscetíveis a sofrer acidentes de trânsitos e homicídios… No entanto, como o estilo de vida deles se torna cada vez mais parecido com o das mulheres, o mesmo acontece com a longevidade”, afirmou Ezzati.
Para os pesquisadores, os resultados representam grandes desafios para a política mundial. Os governos já devem começar a pensar em como fortalecer os sistemas de saúde e de assistência social para acompanhar as múltiplas necessidades que acompanham o envelhecimento.
Este conteúdo foi originalmente publicado no site da Superinteressante.