Tóquio - A expectativa de vida dos homens japoneses em 2013 foi de 80,21 anos, o que representa a primeira vez em que o gênero masculino supera a barreira dos 80 anos no país asiático, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar do Japão.
O dado, que foi divulgado hoje pela emissora pública "NHK", representa um aumento de 0,27 anos em comparação com 2012.
Já em relação às mulheres, a esperança de vida das japonesas ficou em 86,61 anos, o que revela um aumento de 0,2 anos e, novamente, a maior expectativa de vida do mundo.
Durante 26 anos seguidos, até 2010, as japonesas gozaram da maior longevidade do mundo.
No entanto, em 2011 e 2012, foram superadas pelas mulheres de Hong Kong, principalmente devido ao grande número de mortes (mais de 20 mil) causadas pelo terremoto de magnitude nove na escala Richter e o posterior tsunami que devastou o nordeste do Japão em 11 de março de 2011.
Além disso, as informações divulgadas situam os homens japoneses com a quarta maior expectativa de vida do mundo, atrás dos de Hong Kong, Islândia e Suíça, detalhou a "NHK".
Os números deste ano também mostram uma redução na diferença entre a expectativa de vida de japoneses e japonesas, que agora é de 6,4 anos.
Assim, o Japão se transforma em um dos poucos lugares do mundo onde a esperança de vida é superior aos 80 anos para ambos os gêneros.
O Ministério da Saúde considerou que o avanço de 2013 responde a uma menor mortalidade no que diz respeito a doenças como câncer, pneumonia e problemas cardiovasculares.
Além disso, prevê que a longevidade da população japonesa continue aumentando por causa do avançado sistema de saúde pública e dos bons hábitos alimentícios no país.
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1. OCDE avalia a qualidade de vida nos países
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São Paulo – Há muito tempo a busca por qualidade de vida entrou na lista de prioridades de pessoas, empresas, cidades, e países. Este conceito, aliás, vem sendo aprimorado nos últimos anos. Não se trata apenas de ter uma alimentação saudável, fazer uma pausa no trabalho para a ginástica laboral, ou contar com um parque por perto para uma caminhada no fim do dia. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) elaborou um ranking no qual avalia a qualidade de vida dos habitantes de 34 países do mundo. O estudo analisa uma série de critérios que interferem na satisfação dos cidadãos com seu estilo de vida. Para compor o ranking, a entidade entrevistou pessoas de todas as nações-membros, perguntando a opinião delas sobre saúde, educação, renda, mercado de trabalho, e outras categorias, em seu próprio país. O resultado mostra que, na equação da qualidade de vida, entram parcelas objetivas, como a renda. Para habitantes de países como a Austrália, os Estados Unidos e Luxemburgo, que estão entre os mais ricos da OCDE, o dinheiro não traz felicidade, mas manda fazer sob medida. Os habitantes destes países destacam a elevada renda média da população como fator importante para satisfação pessoal. Entretanto, o estudo mostra que outras componentes mais subjetivas também são consideradas. Canadenses e Dinamarqueses, por exemplo, destacam que boa parte de sua satisfação com a vida em seus países de origem tem a ver com a confiança que eles podem depositar nas outras pessoas. O Brasil não entrou no estudo, já que não é um membro da OCDE. Veja nas fotos ao lado quais são os países que oferecem mais qualidade de vida.
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2. No Canadá, o que conta são os valores pessoais
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A OCDE coloca o Canadá na segunda posição do ranking com os países do mundo que têm maior qualidade de vida. E não são apenas os fatores mais perceptíveis, como renda, sistema de saúde e educação que fazem as pessoas felizes por lá. A renda média das pessoas é alta, os índices de escolaridade são elevados, como esperado, e o sistema de saúde realmente funciona. Mas, além disso, 95% dos canadenses declaram que estão cercados de pessoas confiáveis e conseguem se lembrar de pelo menos um conhecido com quem podem contar em tempos de necessidade. Além disso, apenas 94% dos participantes do estudo declararam que frequentemente gastam tempo com amigos, familiares, ou estão envolvidos em alguma atividade social.
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3. Para suecos, qualidade de vida é ter tempo sobrando
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Um dos indicadores de qualidade de vida na Suécia vai deixar muita gente com inveja. Cerca de 65% da população diz que dedica mais de 15 horas de seu dia para cuidados pessoais (e aí estão incluídos dormir e comer) e lazer. Além disso, eles têm uma das maiores rendas médias do mundo (25,6 mil dólares por ano para cada habitante). E contam com um sistema de saúde eficiente também. O governo investe 9,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no setor. Estes fatores contribuem para que a longevidade no país seja maior que a média: 81,2 anos é a expectativa de vida na Suécia. Existem ainda outros detalhes que ajudam a entender a razão do país ser o terceiro melhor em qualidade de vida no ranking da OCDE. A segurança é um deles. Mais de 95% da população diz que, em 2010, não se envolveu em nenhum episódio de furto, roubo, ou outro tipo de violência.
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4. Nova Zelândia tem nível de emprego elevado
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A Nova Zelândia ocupa o quarto lugar do ranking de países com maior qualidade de vida segundo estudo da OCDE. O país tem um dos maiores níveis de emprego do mundo (72%), o que garante à população uma fonte de renda, inclusão social e desenvolvimento pessoal. A escolaridade no país também é elevada: 72% dos australianos têm, pelo menos, o ensino médio completo. Em média, a população trabalha cerca de 1720 horas por ano, abaixo da média da OCDE (1739 horas). Cerca de 65% das pessoas dizem que conseguem dedicar 15 horas do dia para cuidados pessoais e lazer. Mais de 75% da população diz que está satisfeito com a própria vida. Os restantes afirmam, em sua maioria, que as condições devem melhorar dentro de, no máximo, cinco anos.
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5. Noruega também se destaca pelo mercado de trabalho
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Nada melhor do que ter um bom emprego e ser bem pago para se fazer o que gosta. Na Noruega, o mercado de trabalho é atrativo e oferece estabilidade. Isto é citado pela maioria da população como peça fundamental para garantir a qualidade de vida no país. Mais de 75% dos noruegueses entre 15 e 64 anos tem um emprego fixo e remunerado. Os participantes da pesquisa da OCDE dizem que ter trabalho e renda ajuda a elevar a autoestima e a inclusão social. Quase 85% dos habitantes da Noruega dizem que estão muito satisfeitos com suas condições de vida. Mais de 75% deles dizem que têm várias experiências positivas em um dia comum. Com bons empregos e bons salários, não fica difícil acreditar que seja verdade.
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6. Dinamarqueses estão satisfeitos com a vida
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Apenas 10% dos dinamarqueses afirmam que não estão satisfeitos com a qualidade de vida no país. Afinal, o que garante um índice de aprovação tão elevado? É provavelmente algo que apenas os próprios habitantes do país podem explicar. Praticamente 100% dos participantes da pesquisa da OCDE disseram que conhecem pessoas, sem serem as da própria família, em quem podem confiar em momentos de necessidade. Além destes laços sociais, a visão que os próprios habitantes têm da Dinamarca é a de um país estável, em cujo governo se pode confiar. Três quartos dos participantes da pesquisa dizem confiar nas instituições políticas. A cada eleição, cerca de 87% dos eleitores registrados vão às urnas – uma média muito maior do que a da OCDE (72%).
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7. Estados Unidos têm a segunda maior renda média
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Os norte-americanos têm a segunda maior renda média anual do ranking da OCDE (38 mil dólares), perdendo apenas para os habitantes de Luxemburgo (44 mil dólares). O país conta ainda com um dos melhores sistemas educacionais do mundo. A lista de universidades conhecidas mundialmente pela excelência em produção científica é extensa e traz nomes como, como Harvard e MIT. Mas os Estados Unidos têm alguns pontos contra si. Além da fraqueza de sua economia, que contaminou o mercado de trabalho e setores importantes da economia como a construção civil, outros problemas ameaçam a qualidade de vida dos americanos. A confiança da população no governo começa a diminuir, a um ano das próximas eleições presidenciais. Além disso, questões como a da segurança pública incomodam os habitantes. Em 2010, a média de homicídios foi de 5,2, acima da média da OCDE.
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8. Vida longa aos suíços
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A qualidade de vida dos suíços pode ser percebida na longevidade da população. Em média, os suíços vivem 82,2 anos, três a mais do que a média da OCDE. O país só perde em expectativa de vida para o Japão (82,7 anos). Uma das razões desta realidade é o investimento pesado que o governo faz no setor de saúde – algo em torno de 11% do PIB do país. As constantes campanhas contra inimigos mundiais da vida saudável ajudaram a diminuir de 28,2% para 20% a quantidade de fumantes na Suíça entre 1992 e 2007.
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9. Finlândia: a melhor educação da OCDE
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O sistema educacional da Finlândia recebeu as melhores avaliações no ranking da OCDE. No país, 81% dos adultos entre 25 e 64 anos têm, no mínimo, o equivalente ao ensino médio. Todos os países do estudo foram submetidos a um programa internacional de avaliação da OCDE que mede a qualidade do sistema de ensino em cada nação. Em 2009, o teste aplicado verificou as habilidades de leitura dos estudantes. Os finlandeses ficaram com a melhor nota do ranking – 536, de 600 pontos possíveis. Segundo o estudo, não foi simples chegar a este patamar. O governo finlandês investiu durante anos para capacitar os professores do país, o que refletiu diretamente na qualidade do ensino nas escolas. Atualmente, estes trabalhadores gozam de um status na sociedade que poucas profissões conseguem igualar.
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10. Holandeses conciliam carreira e família
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Na Holanda, a média de horas trabalhadas por dia é a menor dentre todos os países do ranking da OCDE. Portanto, sobra tempo para investir em outras atividades. Os holandeses dizem que, em média, gastam 70% do dia ocupados com outras coisas que não o trabalho. A população do país é uma das que melhor consegue administrar carreira e família. Cerca de 75% das mães voltam a trabalhar depois que seu filho atinge a idade escolar. Além disso, a taxa de natalidade na Holanda está entre as maiores da OCDE.