Forças sírias: desde esta cidade, o regime pode cortar a linha de abastecimento dos terroristas (REUTERS/Rami Bleible)
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 09h40.
Beirute - O exército sírio conseguiu controlar nas últimas horas a estratégica cidade de Sheikh Masakin, na província de Deraa, após combates contra a Frente al Nusra, filial síria da Al Qaeda, e seus aliados, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos nesta terça-feira.
A ONG destacou que as forças governamentais foram apoiadas por oficiais iranianos e o grupo xiita libanês Hezbollah.
As forças armadas sírias lançaram uma ofensiva em 28 de dezembro para retomar Sheikh Masakin, que fica ao lado de uma das estradas que ligam a província de Deraa a Damasco.
Os combates ainda continuam na periferia leste da cidade, onde há troca de artilharia e bombardeios da aviação nacional e da russa contra posições da Frente Al Nursa.
As autoridades sírias não confirmaram ainda a recuperação de Sheikh Masakin por seus soldados.
Desde esta cidade, o regime pode cortar a linha de abastecimento dos terroristas, que vai desde a cidade de Buser al Harir até Naua, uma das principais fortificações dos rebeldes em Deraa.
Ontem à noite aconteceu uma troca de prisioneiros entre os seguidores do governo de Damasco e os grupos armados nas cidades de maioria xiita de Fua e Kefraya, na província de Idlib.
Os insurgentes entregaram 11 reféns e prisioneiros de Fua e Kefraya em troca de nove detidos pelas autoridades e sete corpos de rebeldes que estavam em poder do regime.
A troca aconteceu na região de Qala al Madiq, no oeste da província de Hama.
Estava previsto que a troca englobaria um número maior de sequestrados, prisioneiros e corpos, mas foi interrompida pelas divergências sobre a identidade de um dos mortos em poder das facções armadas e que os leais ao regime não reconheceram como um dos seus.
Fua e Kefraya estão cercadas há meses pela Frente al Nusra e outras facções.
A Síria está há quase cinco anos em guerra civil, um conflito que já deixou mais de 260 mil mortos, segundo o Observatório.