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Exército sírio retoma controle de Idleb após recuo rebelde

Segundo membro do Exército Livre Sírio, as forças do regime de Assad lançaram novas campanhas de assassinatos, detenções e torturas no local

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2012 às 07h30.

Cairo - As forças do regime de Bashar al-Assad recuperaram nesta quarta-feira o controle total da cidade de Idleb, no norte do país, depois da retirada dos rebeldes, informou à Agência Efe o "número dois" do Exército Livre Sírio (ELS), Malek al-Kurdi.

Kurdi explicou que seu recuo foi tático e que as tropas do regime irromperam hoje na localidade após postar-se na noite de ontem nas entradas de alguns bairros de Idleb.

"As brigadas de Assad entraram hoje em Idlib e lançaram campanhas de detenções, assassinatos e torturas", assegurou o braço direito do ELS, integrado por soldados desertores.

Segundo Kurdi, a forças governamentais fizeram nessa localidade o mesmo que em outras cidades, ou seja, "invadiram, violaram mulheres, roubaram e destruíram o interior das casas".

O militar dissidente disse que o ELS efetuou uma retirada tática para evitar um maior derramamento de sangue e para que suas forças saíssem em melhor estado, podendo assim produzir um golpe repentino contra os soldados do regime.

"O ELS recuou porque com suas armas leves não pode fazer frente durante muito tempo às tropas de Assad, que usam artilharia pesada", precisou.

Kurdi explicou que a retirada é temporária e que agora o ELS se encontra nos arredores da cidade para planejar os locais pelos quais seguirá.

O dissidente acrescentou que as forças leais ao regime também irromperam hoje em dois povoados de Latakia, junto à costa mediterrânea, mas destacou que nesses dois municípios só houve manifestações pequenas.

Por outro lado, Kurdi ressaltou que até agora o ELS não recebeu armas de nenhum país, "só dinheiro de sírios no exterior", embora tenha lembrado que o Conselho Nacional Sírio (CNS), o principal órgão da oposição do país, se comprometeu a dar-lhes apoio financeiro, o que espera chegar em poucos dias.

O CNS assinou ontem um acordo com o ELS para dirigir parte de sua verba ao financiamento das atividades dos soldados rebeldes, e que, segundo Kurdi, será usada em apoio logístico e compra de armas leves. 

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