Tanque do exército sírio na cidade de Alepo: devido à intensidade dos choques, os moradores de Jan Shijun, localizada na província de Idlib, não podem sair de suas casas (AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2012 às 19h01.
Cairo - O Exército sírio intensificou nesta quarta-feira seus bombardeios contra as cidades setentrionais de Jan Shijun e Maarat al Nuaman para expulsar os rebeldes, informaram fontes opositoras, que denunciaram mais de uma centena de mortos em todo o país.
O ativista Otmán al Jani, que se encontra em Jan Shijun, disse à Agência Efe pela internet que as Forças Armadas empregaram a aviação e tanques para bombardear vários pontos desta cidade, na qual se infiltraram combatentes do rebelde Exército Livre Sírio (ELS) para repelir as tropas governamentais.
Jani destacou que devido à intensidade dos choques, os moradores de Jan Shijun, localizada na província setentrional de Idlib, não podem sair de suas casas e fugir para áreas mais seguras.
Por sua parte, outro opositor da mesma cidade, identificado como Abu Hamam, declarou à Efe que 22 pessoas morreram ali, o que foi confirmado pela opositora Comissão Geral da Revolução Síria.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos detalhou que entre os falecidos há 14 rebeldes, que morreram nos bombardeios e nos confrontos com as tropas governamentais.
Também em Idlib, fronteiriça com a Turquia, o Exército do regime do presidente Bashar al Assad reforçou sua presença ao redor da cidade de Maarat al Nuaman em uma tentativa de recuperar seu controle, depois que os rebeldes a tomaram ontem, afirmou o Observatório.
Este grupo opositor informou que hoje morreram em todo o país pelo menos 110 pessoas, entre civis e combatentes insurgentes, um número que a Comissão elevou para 120 e os Comitês de Coordenação Local (CCL) para 160.
Por sua parte, a agência de notícias oficial síria 'Sana' anunciou que o câmera do canal pró-governamental 'Al Ajbariya', Mohammed al Ashram foi assassinado pelos disparos de 'terroristas' na província de Deir al Zur.
O regime sírio rejeitou hoje a proposta do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, de declarar um cessar-fogo unilateral, e condicionou uma eventual trégua a que os rebeldes cessem suas ações de violência.