Tanques do exército libanês: militares patrulham as principais ruas, bairros e cruzamentos (Stringer/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 07h51.
Beirute - A calma foi restabelecida nesta quarta-feira na cidade de Trípoli, no norte do Líbano, com o envio do exército para acabar com os enfrentamentos sectários entre defensores e oposicionistas do regime sírio, que deixaram em quatro dias 12 mortos e mais de cem feridos.
Os militares patrulham as principais ruas, bairros e cruzamentos da cidade, a segunda maior do país, e efetuam batidas para capturar elementos armados, segundo a agência oficial libanesa "ANN".
O tráfego está normalizado e as escolas, universidades e comércio abriram hoje suas portas, a exceção de alguns estabelecimentos próximos aos bairros mais conflituosos.
A tensão se mantém nos bairros rivais de Bab el Tebaneh, de maioria sunita, e Jabal Mohsen, de predomínio alauita, seita a qual pertence o presidente sírio, Bashar al-Assad.
O exército libanês informou ontem à noite que 21 pessoas foram detidas por diferentes delitos e oito delas foram entregues para a justiça militar.
Desde o início da crise síria, em março de 2011, o Líbano vem sendo cenário de enfrentamentos entre partidários e opositores do regime de Damasco, assassinatos, ataques na fronteira, atentados terroristas e sequestros.
Um dos líderes do braço armado do grupo xiita Hezbollah, que participa dos combates na Síria, foi assassinado ontem à noite próximo de sua casa em um bairro do sul do Beirute, anunciou o movimento, que culpou Israel pelo ataque.
A vizinhança com a Síria faz com que sejam transferidos para território libanês combatentes feridos, como ocorreu ontem à noite com vinte sírios que lutavam na região síria de Al Qalamun, na fronteira com o Líbano.