Mãe e irmão do soldado israelense Hadar Goldin, que estava desaparecido desde sexta-feira (Nir Elias/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2014 às 21h14.
Jerusalém - O Exército israelense anunciou na manhã de domingo a morte do subtenente Hadar Goldin, que vinha sendo considerado desaparecido desde sexta-feira, depois de um confronto com militantes do Hamas na Faixa de Gaza.
"Uma comissão especial liderada pelo rabino-chefe do Exército anunciou a morte do oficial de infantaria Hadar Goldin, que morreu em combate na sexta-feira na Faixa de Gaza", indicou um comunicado militar.
"Antes deste anúncio, todas as considerações médicas, religiosas (...) foram levadas em conta", acrescentou o Exército no comunicado, enquanto um porta-voz militar, consultado pela AFP, recusou-se a indicar se o que havia sido encontrado era o corpo do soldado ou apenas parte dele.
O subtenente Goldin, de 23 anos, tinha sido considerado desaparecido após um ataque cometido por um comando palestino na Faixa de Gaza.
O Exército israelense havia declarado na sexta-feira que o soldado teria sido sequestrado. Mas o braço armado do Hamas, afirmava não saber o paradeiro do subtenente Goldin, apesar de reivindicar a ação na qual o militar desapareceu. De acordo com as Brigadas Ezedin al-Qassam, o soldado pode ter morrido junto com os combatentes palestinos em um bombardeio israelense.
Durante a noite de sábado, a imprensa israelense indicou a chegada do ministro da Defesa, Moshé Yaalon, e do rabino-chefe do Exército, Rafi Peretz, à casa dos pais do soldado, em um sinal de que um anúncio a respeito do desaparecimento era iminente.
Centenas de pessoas, incluindo os pais dos três jovens israelenses sequestrados e mortos na Cisjordânia no início de junho, estavam reunidos na noite de sábado diante da casa da família Goldin em Kfar Saba (centro), de acordo com a imprensa.
A mãe do subtenente Hadar Goldin havia exigido que Israel não retirasse suas tropas da Faixa de Gaza até que seu filho fosse resgatado.
Sessenta e quatro soldados morreram em combates travados desde 8 de julho, no registro mais pesado para o Exército israelense desde a guerra contra o Hezbollah libanês em 2006.