Agência de notícias
Publicado em 1 de agosto de 2024 às 09h49.
Última atualização em 1 de agosto de 2024 às 09h51.
O Exército de Israel anunciou nesta quinta-feira, 1º, que o comandante militar do movimento islamista palestino Hamas, Mohammed Deif, morreu em um bombardeio em julho em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.
O anúncio acontece apenas um dia após a morte em Teerã do líder político do movimento palestino, Ismail Haniyeh, em um ataque que Irã e Hamas atribuíram a Israel.
"As FDI (Forças de Defesa de Israel) anunciaram que, em 13 de julho de 2024, aviões de combate das FDI bombardearam a área de Khan Yunis e, após uma avaliação de inteligência, é possível confirmar que Mohammed Deif foi eliminado no ataque", afirma um comunicado militar.
"Deif iniciou, planejou e executou o massacre de 7 de outubro", afirmou o Exército em referência ao ataque do Hamas contra o sul de Israel, que deixou 1.197 mortos, segundo um balanço da AFP baseado em dados divulgados pelas autoridades israelenses.
O Ministério da Saúde de Gaza, governada pelo Hamas, anunciou que o ataque de 13 de julho matou mais de 90 pessoas, mas o movimento islamista negou que o comandante militar estivesse entre as vítimas.
A suposta bomba de 900 quilos lançada pelas forças israelenses ao redor da casa onde suspeitavam que Deif estava refugiado com um de seus auxiliares provocou uma cratera enorme.
Na posição de comandante do braço armado do Hamas, as Brigadas Ezzedin al-Qasam, Deif era um dos homens mais procurados por Israel há três décadas e estava na lista do governo dos Estados Unidos de "terroristas internacionais" desde 2015.
O Exército israelense afirma que Deif foi responsável por vários ataques contra Israel durante anos.
Deif trabalhava ao lado de Yahya Sinwar, comandante do Hamas dentro de Gaza, segundo as FDI.
"Durante a guerra, ele comandou atividades terroristas do Hamas na Faixa de Gaza, emitindo ordens e instruções a altos funcionários do braço militar do Hamas", acrescentou o Exército.
Durante o ataque de 7 de outubro, os comandos islamistas também sequestraram 251 pessoas. Segundo o Exército israelense, 111 permanecem em cativeiro em Gaza, mas 39 teriam sido mortas.
A campanha militar de represália israelense em Gaza matou ao menos 39.480 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do território palestino.