Skype: grupo publicou mensagens quarta-feira na página oficial do Skype no Twitter (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 2 de janeiro de 2014 às 12h40.
Los Angeles - O Exército Eletrônico Sírio (EES), um coletivo de hackers que apoia o presidente sírio, Bashar al-Assad, assumiu na quarta-feira a responsabilidade por invadir contas do Skype, serviço para fazer ligações pela Internet.
O grupo também publicou em sua conta no Twitter as informações de contato de Steve Ballmer, o presidente-executivo aposentado da Microsoft, junto com a mensagem "Você pode agradecer à Microsoft por monitorar suas contas/emails usando esses detalhes. #SEA".
A mensagem fez uma aparente referência às revelações feitas no ano passado pelo ex-prestador de serviço da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) Edward Snowden de que o Skype, pertencente à Microsoft, integrou um programa da NSA para monitorar as comunicações por meio das principais empresas de Internet dos EUA.
Em uma mensagem publicada quarta-feira na página oficial do Skype no Twitter, aparentemente pela ação do grupo de hackers, lê-se: "Não use emails da Microsoft (hotmail, outlook), Eles estão monitorando suas contas e vendendo os dados aos governos. Mais detalhes em breve. #SEA." Mensagens similares foram postadas na página oficial do Skype no Facebook e em um blog na própria página do serviço na Internet, sendo retiradas na própria quarta-feira. O EES depois tuitou cópias da mensagem "para aqueles que não viram".
Representantes da Microsoft não estavam disponíveis para comentar.
As práticas da NSA em última instância tornaram a Microsoft e outras empresas de tecnologia em parceiras nos esforços de vigilância do governo contra cidadãos comuns nos EUA e em outros países.
No mês passado a Microsoft se juntou a outras sete entre as principais empresas de tecnologia norte-americanas para pressionar o presidente dos EUA, Barack Obama, em uma reunião na Casa Branca, a conter a espionagem eletrônica do governo.
Empresas de mídia, incluindo o New York Times e a BBC, têm sido alvo repetidas vezes do EES e de outros grupos ativistas de hackers que invadem suas páginas na Internet e controlam suas contas no Twitter.