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Exército dos EUA se opõe a eventual visita de Pelosi a Taiwan, diz Biden

Questionado sobre essa possível visita, Biden respondeu na noite de quarta-feira (20): "O Exército acha que não é uma boa ideia"

EUA: A polêmica chega em um momento ruim, pois Biden planeja conversar com seu colega chinês, Xi Jinping, "nos próximos dez dias" (Drew Angerer / Equipe/Getty Images)

EUA: A polêmica chega em um momento ruim, pois Biden planeja conversar com seu colega chinês, Xi Jinping, "nos próximos dez dias" (Drew Angerer / Equipe/Getty Images)

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AFP

Publicado em 21 de julho de 2022 às 14h50.

Última atualização em 2 de agosto de 2022 às 11h58.

Uma possível visita a Taiwan da presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, levanta preocupações em Washington, e o presidente Joe Biden disse que os militares se opõem por medo de uma escalada nas tensões com a China.

Questionado sobre essa possível visita, Biden respondeu na noite de quarta-feira (20): "O Exército acha que não é uma boa ideia".

Recentemente, várias delegações americanas visitaram Taiwan, uma ilha que é apoiada pelos Estados Unidos, mas que a China reivindica como parte de seu território.

Nancy Pelosi seria a personalidade americana de mais alto escalão a ir ao país em décadas. De acordo com a Constituição, a congressista é, depois da vice-presidente Kamala Harris, sucessora do presidente.

O gabinete de Pelosi ainda não confirmou a viagem, mas um vazamento na imprensa já irritou Pequim. "A China se opõe veementemente a qualquer forma de intercâmbio oficial entre Estados Unidos e Taiwan. (...) Se Pelosi visitar Taiwan, (...) isso teria um sério impacto na base política das relações sino-americanas e enviaria o sinal errado para as forças pró-independência na ilha", reagiu um porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores na terça-feira (19).

"Se os Estados Unidos insistirem em seguir esta ideia (sobre Taiwan), a China tomará medidas firmes e fortes para salvaguardar  sua soberania nacional e integridade territorial", disse ele.

A polêmica chega em um momento ruim, pois Biden planeja conversar com seu colega chinês, Xi Jinping, "nos próximos dez dias", disse ele na noite de ontem.

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O presidente dos EUA, que já lida com a invasão da Ucrânia e muitos problemas internos, não quer abrir uma nova frente, quando as tensões em torno de Taiwan já estão extremamente altas.

O diretor da CIA, Bill Burns, disse recentemente que a questão não é se a China invadirá a ilha, mas "quando e como".

Biden já irritou Pequim ao afirmar, no final de maio, que os Estados Unidos interviriam militarmente para apoiar Taiwan, no caso de uma invasão da China comunista. Mais tarde, voltou atrás e usou o termo "ambiguidade estratégica".

Esse conceito deliberadamente vago, que rege a política de Washington em relação a Taiwan há décadas, define que os Estados Unidos devem estabelecer o princípio de "uma China", cuja capital está em Pequim. Também não reconhece Taiwan oficialmente, mas a apoia militarmente, evitando mencionar uma interferência para defendê-la no caso de uma invasão.

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