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Exército do Congo acusa Ruanda de bombardeio a aeroporto de Goma

Desde o fim de 2021, a província de Kivu do Norte está mergulhada em um conflito entre o Exército congolês, aliado a grupos armados e duas empresas militares estrangeiras

Durante a noite, moradores da região, entre eles um correspondente da AFP, ouviram duas fortes explosões (AMANUEL SILESHI/AFP/Getty Images)

Durante a noite, moradores da região, entre eles um correspondente da AFP, ouviram duas fortes explosões (AMANUEL SILESHI/AFP/Getty Images)

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Agência de notícias

Publicado em 17 de fevereiro de 2024 às 16h51.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2024 às 16h52.

O Exército da República Democrática do Congo acusou, neste sábado, 17, a vizinha Ruanda de ter organizado um "ataque com drones" durante a noite contra o aeroporto de Goma, na província oriental de Kivu do Norte, uma região assolada por combates entre os militares e rebeldes do M23.

Os drones "tinham como alvo aviões das Forças Armadas da RD Congo" (FARDC), declarou o tenente-coronel Guillaume Ndjike, porta-voz do Exército em Kivu do Norte.

"Os aviões das FARDC não foram atingidos", afirmou, mas acrescentou que "aeronaves civis sofreram danos".

Cresce o clima de tensão entre os países

Fontes de segurança e do governo haviam informado à AFP sobre o bombardeio, mas não tinham nenhuma informação sobre possíveis danos nem sobre a origem dos artefatos explosivos.

Uma fonte de segurança disse, em condição de anonimato, que "duas bombas" explodiram no aeroporto, sem "causar danos", e acrescentou que diversos "especialistas" chegaram ao local para investigar a origem dos dispositivos.

Durante a noite, moradores da região, entre eles um correspondente da AFP, ouviram duas fortes explosões.

Desde o fim de 2021, a província de Kivu do Norte está mergulhada em um conflito entre o Exército congolês, aliado a grupos armados e duas empresas militares estrangeiras, e o M23 ("Movimento 23 de Março"), que as autoridades afirmam contar com o apoio de unidades do Exército de Ruanda.

Em dois anos, a rebelião se apoderou de grandes extensões de terra na província, que faz fronteira com Ruanda e Uganda.

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