Mundo

Exército de Israel bombardeia cidade do Líbano 11 vezes em minutos; prefeito está entre os mortos

Ataque atingiu prédio da administração pública, segundo autoridades libanesas, que recebia reunião municipal

Fumaça sobe durante ataques aéreos israelenses na cidade de Nabatiyeh, no sul do Líbano, em 16 de outubro de 2024. Uma autoridade libanesa disse que Israel realizou 11 ataques aéreos em Nabatiyeh e áreas vizinhas, dias após os ataques destruírem o mercado da cidade do sul (Abbas Fakih/AFP)

Fumaça sobe durante ataques aéreos israelenses na cidade de Nabatiyeh, no sul do Líbano, em 16 de outubro de 2024. Uma autoridade libanesa disse que Israel realizou 11 ataques aéreos em Nabatiyeh e áreas vizinhas, dias após os ataques destruírem o mercado da cidade do sul (Abbas Fakih/AFP)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 16 de outubro de 2024 às 08h48.

Última atualização em 16 de outubro de 2024 às 08h55.

O governo do Líbano anunciou que o prefeito da cidade de Nabatiyeh, Ahmad Kahil, é um dos cinco mortos durante uma série de bombardeios do Exército de Israel contra a cidade do sul do país, que atingiu um prédio da administração municipal nesta quarta-feira, 16, enquanto representantes políticos participavam de uma reunião.

"O ataque inimigo israelense (...) em dois prédios, o da prefeitura de Nabatiyeh e o da união de municípios, matou cinco pessoas", anunciou o Ministério da Saúde libanês em um comunicado, acrescentando que o número de mortos é um balanço preliminar e que socorristas ainda procuram sobreviventes sob os escombros.

A governadora de Nabatiyeh, Howaida Turk, confirmou que o prefeito da cidade estava entre os morte, referindo-se ao ataque como "um massacre", que atingiu o prédio municipal enquanto o líder político e sua equipe participavam de uma reunião de gerenciamento de crise. Equipes de resgate afiliadas ao Hezbollah também disseram à AFP que o prefeito estava entre as várias pessoas mortas no ataque.

A ofensiva também provocou reação da cúpula política do país. O primeiro-ministro Najib Mikati condenou os ataques israelenses, acusando as forças do Estado judeu de mirarem intencionalmente a reunião municipal.

"[Condeno] a nova agressão israelense contra civis na cidade de Nabatiyeh, que deliberadamente teve como alvo uma reunião do conselho municipal que estava discutindo os serviços da cidade e a situação de socorro", disse Mikati.

Testemunhas em Nabatiyeh afirmaram que dos 11 bombardeios que atingiram a cidade nesta quarta, nove deles foram detonados em um espaço de 30 minutos. O relato local é de que as explosões teriam criado "uma espécie de cinturão de fogo" na área. Elas também disseram que os ataques destruíram o prédio d a prefeitura e um centro médico próximo, com dois médicos entre os mortos.

Imagens da AFP mostraram várias colunas de fumaça cinza subindo de Nabatiyeh, após os ataques consecutivos. No sábado, ataques israelenses já haviam arrasado o principal mercado da cidade e feriram oito pessoas, disse o Ministério da Saúde.

Em um comunicado, as Forças Armadas israelenses afirmaram que ataques contra Nabatiyeh foram disparados com objetivo de atingir uma rede de infraestrutura do Hezbollah, incluindo prédios militares, quartéis-generais e depósitos de armas.

"Caças da IAF, em cooperação com o Comando Norte, atacaram dezenas de alvos terroristas do Hezbollah na área de Nabatiyeh", disse o comando militar israelense. "que o Hezbollah colocou perto de estruturas civis, usando a população civil como escudos humanos".

Pelo menos 1.356 pessoas foram mortas no Líbano desde que Israel lançou uma intensa campanha aérea em 23 de setembro, de acordo com uma contagem da AFP de números do Ministério da Saúde libanês, embora o número real seja provavelmente maior.

Acompanhe tudo sobre:Oriente MédioLíbanoIsraelHezbollah

Mais de Mundo

Trump afirma que declarará cartéis de drogas como organizações terroristas

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia