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Exército britânico entra em investigação sobre ex-espião russo

Cerca de 180 tropas, incluindo as especializadas em agentes químicos, foram enviadas à localidade para retirar ambulâncias e demais veículos envolvidos

Reino Unido: Sergei Skripal, de 66 anos, que passou segredos russos para o Reino Unido, foi encontrado inconsciente no banco de uma cidade inglesa (Peter Nicholls/Reuters)

Reino Unido: Sergei Skripal, de 66 anos, que passou segredos russos para o Reino Unido, foi encontrado inconsciente no banco de uma cidade inglesa (Peter Nicholls/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de março de 2018 às 12h23.

Inglaterra - O Reino Unido enviou tropas especializadas nesta sexta-feira para retirar objetos possivelmente contaminados da cidade inglesa onde um ex-agente duplo russo e sua filha foram envenenados com um agente nervoso.

Sergei Skripal, de 66 anos, que passou segredos russos para o Reino Unido, e sua filha Yulia, de 33 anos, estão em uma UTI desde que foram encontrados inconscientes em um banco em Salisbury, cidade tranquila conhecida por sua catedral, na tarde de domingo.

A ministra do Interior britânica, Amber Rudd, que visitou Salisbury nesta sexta-feira, disse que ambos ainda se encontram em estado muito grave cinco dias depois de perderem a consciência.

Cerca de 180 tropas, incluindo algumas especializadas em agentes químicos, foram enviadas à localidade para retirar ambulâncias e demais veículos envolvidos no incidente e outros objetos, informaram o Ministério da Defesa e a polícia do Reino Unido.

"O público não deveria ficar alarmado", disse a polícia de contraterrorismo, que comanda a investigação, em um comunicado. "A assistência militar continuará de acordo com a necessidade durante esta investigação".

O incidente lembra o caso de Alexander Litvinenko, ex-agente da KGB e crítico do presidente russo, Vladimir Putin, que morreu em Londres em 2006 depois de beber chá contaminado com o elemento radioativo polônio-210.

Skripal denunciou dezenas de agentes russos à inteligência estrangeira até ser preso pelas autoridades russas em 2004. Ele foi condenado a 13 anos de prisão em 2006, mas em 2010 recebeu refúgio no Reino Unido depois de ser trocado por espiões russos.

O Reino Unido disse que reagirá com contundência se indícios mostrarem que a Rússia está por trás da tentativa de assassinato. O Kremlin nega qualquer envolvimento no incidente e diz que uma histeria anti-Rússia está sendo atiçada pela mídia britânica.

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