O chefe do Pentágono, Leon Panetta: ele pediu que um comitê do Senado ajude a remover a ameaça de profundos cortes orçamentários que devem atingir o Departamento de Defesa. (Pablo Martinez Monsivais/AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 16h25.
Washington - O Exército americano não é um serviço 911 pronto para qualquer emergência em todo o mundo, afirmou o chefe do Pentágono, Leon Panetta, aos legisladores nesta quinta-feira, ao defender a resposta a um ataque contra uma missão na Líbia.
Ele também pediu que um comitê do Senado ajude a remover a ameaça de profundos cortes orçamentários que devem atingir o Departamento de Defesa a partir de 1º de março, afirmando que representam um dos maiores riscos à segurança nacional dos Estados Unidos.
O secretário de Defesa e o presidente do Chefe do Estado-Maior, general Martin Dempsey, foram interrogados pelos senadores sobre o que ocorreu durante o ataque no dia 11 de setembro de 2012 contra uma missão americana em Benghazi, na Líbia.
"Acredito firmemente que o Departamento de Defesa e as Forças Armadas americanas fizeram tudo o que poderia ser feito para responder aos ataques de Benghazi", disse Panetta ao Comitê de Serviços Armados do Senado.
Apesar de ter bases americanas na região da África e na Itália, Panetta disse que não havia tempo suficiente para enviar recursos para Benghazi no momento em que a legação diplomática foi atacada.
Um avião não tripulado de vigilância chegou ao local do incidente uma hora e 11 minutos após o início do ataque, mas uma aeronave de asa fixa teria levado de nove a 12 horas para chegar ao local.
"O exército dos Estados Unidos, como eu já disse, não é e, francamente, não deve ser, um serviço 911 capaz de chegar ao local em poucos minutos para todas as possíveis contingências ao redor do mundo", disse Panetta.
"Os militares dos Estados Unidos não têm nem os recursos, nem a responsabilidade de ter um corpo de bombeiros próximo a todas as instalações americanas no mundo".
Panetta também destacou que não houve "nenhuma (informação da) inteligência específica" sobre um ataque contra a missão em Benghazi, no qual o embaixador dos Estados Unidos na Líbia, Chris Stevens, e três outros americanos foram mortos.
"Francamente, sem um aviso adequado, não havia tempo suficiente (para responder), dada a velocidade do ataque", explicou Panetta.