Cnooc: presidente chinês, Xi Jinping, tem conduzido uma ampla repressão à corrupção desde que assumiu o poder (Philippe Lopez/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2014 às 11h07.
Pequim - Um representante de alto escalão da empresa China Offshore Oil Company (CNOOC), que integra o consórcio vencedor do leilão de uma das áreas do pré-sal no Brasil, está sendo investigado por suspeita de ter recebido propinas, disse o principal promotor da China nesta quinta-feira.
Primeiro executivo da empresa a se ver envolvido na ofensiva de Pequim contra a corrupção, Luo Weizhong, gerente-geral do grupo CNOOC Gás e Energia, subsidiária inteiramente pertencente à CNOOC, teria também sido detido, de acordo com um comunicado publicado no site da Procuradoria Suprema Popular chinesa.
Luo também é gerente-geral de comércio internacional para o grupo CNOOC Gás e Energia, responsável por investir em terminais multibilionários de importação de gás e por estabelecer acordos de importação de longo-prazo para gás natural liquefeito.
A CNOOC é dona da CNOOC Ltd, listada em Hong Kong e Nova York. O presidente chinês, Xi Jinping, tem conduzido uma ampla repressão à corrupção desde que assumiu o poder, alertando que o problema ameaça a própria sobrevivência do Partido Comunista, e prometeu ir atrás dos "tigres" poderosos, e não só das "moscas" pequenas.
A repressão prendeu até agora Zhou Yongkong, um ex-chefe de segurança e executivo da indústria do petróleo, e Jiang Jiemin, ex-diretor do grupo de energia CNPC. A CNOOC e a CNPC integram, junto com a Petrobras, a francesa Total e a anglo-holandesa Shell, o consórcio que arrematou a área de Libra, no primeiro leilão de exploração do pré-sal brasileiro, realizado em outubro de 2013.