Região do Golfo foi atingida, há um mês, por um vazamento de petróleo (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
Washington - O diretor de operações da companhia British Petroleum (BP), Doug Suttles, afirmou hoje que o rico ecossistema do Golfo do México conseguirá se recuperar do vazamento de óleo causado pela explosão de uma plataforma petrolífera da empresa há um mês.
Em entrevista à emissora "CBS", o executivo da BP também se mostrou confiante de que a multinacional, a maior produtora de petróleo e gás nos Estados Unidos, sobreviverá à tragédia e às múltiplas consequências do acidente para a empresa.
Suttles disse que entende a frustração dos cidadãos com a resposta da BP ao vazamento, inclusive sobre o uso de químicos tóxicos para dissolver o óleo. No entanto, ele ressaltou que a empresa está fazendo tudo o que pode e tão rápido quanto as circunstâncias permitem.
"Sei que as pessoas querem mais informações. Elas querem que isso acabe, que limpemos tudo muito rápido. Estamos tentando fazer todas essas coisas", afirmou no programa "The Early Show".
A BP foi criticada por usar solventes altamente tóxicos para dissolver o petróleo derramado. Nesta quinta-feira, a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) exigiu à companhia petrolífera que usasse substâncias menos tóxicas.
"Os químicos que usamos para dissolver foram aprovados pela EPA. São os químicos mais utilizados na indústria", disse Suttles.
A BP anunciou hoje que disponibilizou em seu site um vídeo que transmite ao vivo, através de uma câmera submarina, o petróleo que escapa do poço no fundo do mar. Essa foi uma medida que a BP teve de tomar pela pressão governamental e civil para se saber a quantidade real de petróleo que vaza nas águas do Golfo.
Segundo a empresa, tratam-se de 5 mil barris diários, número também adotado pelo Governo. Já outros cálculos estimam quantidades entre 25 mil e 95 mil barris diários.