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EXCLUSIVO: Trump tem 49% na Geórgia e Kamala soma 46%, mostra pesquisa EXAME/Ideia

Vantagem está dentro da margem de erro, de 3 pontos percentuais; estado será decisivo para a conquista da Casa Branca

 (Arte/Exame)

(Arte/Exame)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 30 de outubro de 2024 às 06h01.

Última atualização em 30 de outubro de 2024 às 19h17.

O ex-presidente Donald Trump abriu uma vantagem de três pontos sobre a vice-presidente Kamala Harris no estado da Geórgia, mostra pesquisa EXAME/Ideia.

A Geórgia é um dos sete estados decisivos para as eleições dos Estados Unidos de 2024. O estado, no sul do país, tem 16 das 538 cadeiras em jogo no Colégio Eleitoral, que decide a eleição presidencial.

O instituto Ideia está fazendo pesquisas nesses sete estados, que estão sendo divulgadas ao longo desta semana. Os levantamentos divulgados até agora mostram vantagem do republicano também em Arizona e Nevada (veja aqui), embora dentro da margem de erro.

Na Geórgia, o republicano tem 49% das intenções de voto, e a democrata, 46%, aponta o levantamento. O estudo ouviu 1.100 americanos entre os dias 27 e 28 de outubro, por telefone. A margem de erro é de três pontos percentuais. Veja a íntegra da pesquisa aqui.

A pesquisa aponta que Trump tem maior apoio entre os homens (60% deles o apoiam), os maiores de 65 anos (55%) e os moradores de áreas rurais (70%).

Já Kamala tem melhor desempenho entre as mulheres (54% delas a apoiam), os menores de 29 anos (54%) e pessoas com grau universitário (58%).

No recorte por etnia, a democrata tem ampla vantagem entre os afro-americanos --88% dizem que votarão nela-- e os latinos, onde seu apoio chega a 59%. Trump vai melhor entre os brancos (60% de apoio) e asiáticos (49%).

O Ideia perguntou ainda quem os moradores da Geórgia acham que vai vencer a disputa, independentemente de seu voto. Metade deles (50%) disse esperar uma vitória de Trump no estado. No entanto, 48% dizem acreditar que Kamala vencerá a disputa nacional e conquistará a Casa Branca.

Neste ano, não haverá eleições para o Senado na Geórgia.

Por que a Geórgia importa

No sistema eleitoral americano, a votação é indireta. Assim, o voto popular não escolhe o novo presidente, mas sim o Colégio Eleitoral. O candidato que vence em um estado conquista todos os votos dos delegados daquele estado no Colégio Eleitoral (a regra vale em 48 dos 50 estados). Assim, a disputa presidencial é feita estado a estado.

Na maioria dos 50 estados, as pesquisas já indicam um vencedor claro. No entanto, em sete deles, chamados de estados decisivos (Swing States, em inglês), a disputa está em aberto, e será preciso vencer ali para conquistar a Presidência. A Geórgia é um deles.

A Geórgia vem se comportando como um swing state nas últimas duas eleições, porque os resultados tiveram margens estreitas. Houve vitórias republicanas seguidas ali de 1996 a 2016, mas o democrata Joe Biden venceu no estado em 2020, com apenas 0,2 ponto percentual de vantagem. O placa da última eleição foi de 49,5% a 49,3% para Biden.

Pesquisas exclusivas da EXAME

A EXAME e o Instituto Ideia divulgam nesta semana uma série de pesquisas exclusivas sobre as eleições nos Estados Unidos, nos sete estados-chave que vão decidir a disputa.

Veja a seguir o calendário de divulgação dos próximos estados.

Segunda-feira (28/10) - Nevada
Terça-feira (29/10) - Arizona

Quarta-feira (30/10)  - Geórgia
Quinta-feira (31/10) - Carolina do Norte
Sexta-feira (1/11) - Michigan
Sábado (2/11) - Wisconsin
Domingo (3/11) - Pensilvânia

A EXAME faz uma cobertura extensa das eleições americanas desde janeiro, quando foi lançado o programa O Caminho para a Casa Branca, disponível no YouTube e no Spotify. A equipe da EXAME também esteve presente nas convenções dos partidos, em julho e agosto, e fez reportagens em estados-chave para a disputa, como Wisconsin, Michigan e Pensilvânia.

Como funciona a eleição nos EUA?

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