Repórter de macroeconomia
Publicado em 31 de outubro de 2024 às 08h22.
Última atualização em 31 de outubro de 2024 às 12h02.
A disputa pela Presidência dos Estados Unidos está empatada em um dos estados-chave para a disputa, mostra pesquisa EXAME/Ideia. Na Carolina do Norte, tanto Donald Trump quanto Kamala Harris somam 47% dos votos, de acordo com o levantamento.
A pesquisa mostra ainda que 5% dos eleitores do estado não sabem em quem votar, e 1% citam outro candidato. O estudo ouviu 1.002 americanos nos dias 28 e 29 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais.
A Carolina do Norte é um dos estados decisivos para a eleição americana e tem direito a 16 dos 538 votos no Colégio Eleitoral. O instituto Ideia está fazendo pesquisas nesses sete estados, que estão sendo divulgadas ao longo desta semana. Os levantamentos divulgados até agora mostram vantagem do republicano também em Arizona, Geórgia e Nevada, embora dentro da margem de erro.
Entre os entrevistados, 55% dos homens votam em Trump e 52% em Kamala. A democrata tem atraído mais eleitores jovens: na faixa de 18 a 29 anos, 52% a preferem. Já o republicano é mais votado pelo público com idade entre 30 e 44 anos. Nesta faixa, 50% o preferem. Veja aqui mais números da pesquisa (em formato PDF).
O Ideia perguntou ainda quem os moradores da Carolina do Norte pensam que vai vencer a eleição no estado. 48% citaram Kamala e 47% Trump.
Os republicanos estão mais otimistas: 54% avaliam que Trump será o vencedor local, enquanto 49% dos democratas dizem que Kamala deve vencer no estado.
A terceira pergunta do Ideia foi "Quem vencerá as eleições para presidente?". De novo, a maioria (50%) citou Kamala, ante 45% que esperam uma vitória de Trump.
Não haverá eleição para o Senado na Carolina do Norte neste ano.
No sistema eleitoral americano, a votação é indireta. Assim, o voto popular não escolhe o novo presidente, mas sim o Colégio Eleitoral. O candidato que vence em um estado conquista todos os votos dos delegados daquele estado no Colégio Eleitoral (a regra vale em 48 dos 50 estados). Assim, a disputa presidencial é feita estado a estado.
Na maioria dos 50 estados, as pesquisas já indicam um vencedor claro. No entanto, em sete deles, chamados de estados decisivos (Swing States, em inglês), a disputa está em aberto, e será preciso vencer ali para conquistar a Presidência. A Carolina do Norte é um deles.
A Carolina do Norte escolheu candidatos republicanos a presidente em quase todas as eleições desde 1980. A única exceção foi a vitória de Barack Obama em 2008. No entanto, o estado passou a ser considerado swing state por estar com margem muito apertada nas pesquisas deste ano.
Turmp venceu ali em 2016 e em 2020, por margens muito próximas. Foram 49,8% em sua primeira eleição e 49,9% quatro anos depois.
Os dois candidatos fizeram vários eventos de campanha no estado. A campanha de Trump tem dito que a imigração irregular está trazendo problemas para a economia do estado e um aumento da inflação e dos gastos públicos. Os republicanos dizem que os contribuites do estado tiveram de gastar mais US$ 3 bilhões por ano para pagar serviços como escolas aos estrangeiros que foram para lá.
Em agosto, Kamala fez seu primeiro discurso para anunciar propostas em Raleigh, Carolina do Norte, e lançou ali propostas para tentar baixar o custo de vida, como uma política de combate a preços altos de comida e pressionar corporações, mas ela não detalhou como isso seria implantado na prática.
A EXAME e o Instituto Ideia divulgam nesta semana uma série de pesquisas exclusivas sobre as eleições nos Estados Unidos, nos sete estados-chave que vão decidir a disputa.
Veja a seguir o calendário de divulgação dos próximos estados.
Segunda-feira (28/10) - Nevada
Terça-feira (29/10) - Arizona
Quarta-feira (30/10) - Geórgia
Quinta-feira (31/10) - Carolina do Norte
Sexta-feira (1/11) - Michigan
Sábado (2/11) - Wisconsin
Domingo (3/11) - Pensilvânia
A EXAME faz uma cobertura extensa das eleições americanas desde janeiro, quando foi lançado o programa O Caminho para a Casa Branca, disponível no YouTube e no Spotify. A equipe da EXAME também esteve presente nas convenções dos partidos, em julho e agosto, e fez reportagens em estados-chave para a disputa, como Wisconsin, Michigan e Pensilvânia.