Acusado de corrupção, o ex-dirigente compareceu ao tribunal de Puerto España nesta segunda-feira, dias depois de que a Procuradoria daquele país confirmou o pedido feito pelo Departamento de Justiça norte-americano (FABRICE COFFRINI/AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2015 às 17h02.
Puerto España - Um tribunal de Trinidad e Tobago deu a Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa, mais tempo para ele poder se defender contra o pedido de extradição feito pelos Estados Unidos.
Acusado de corrupção, o ex-dirigente compareceu ao tribunal de Puerto España nesta segunda-feira, dias depois de que a Procuradoria daquele país confirmou o pedido feito pelo Departamento de Justiça norte-americano.
Ex-presidente da Concacaf, Warner é investigado por supostamente ter cometido delitos nos Estados Unidos e em Trinidad e Tobago, entre eles fraude eletrônica, lavagem de dinheiro, suborno e associação ao crime organizado.
Nesta segunda, porém, a juíza Marcia Ayers-Caesar fixou uma nova audiência para julgar o pedido de extradição para 28 de agosto, depois que um advogado do governo solicitou mais tempo para examinar o pedido feito pelos Estados Unidos na semana passada.
Warner, de 72 anos de idade, foi preso no final de maio e depois acabou solto ao pagar uma fiança de 2,5 milhões de dólares trinitenses (US$ 394 mil), além de ter se declarado inocente contra todas as acusações que pesam contra ele.
Ao deixar o tribunal, Warner afirmou à imprensa local que o esperava na porta do local que seus advogados solicitaram uma revisão judicial para poder receber um "julgamento justo".
Líder do Partido Liberal Independente, que é de oposição ao parlamento do país caribenho, ele acusa o governo de conspirar para sua extradição de Trinidad e Tobago.
Warner apareceu pela terceira vez diante da juíza Marcia Ayers-Caesar no tribunal de Puerto España, onde advogados de ambas as partes pediram um maior tempo para examinar o documento de extradição de 166 páginas que a Procuradoria-Geral de Trinidad e Tobago recebeu dos Estados Unidos.
O ex-vice-presidente da Fifa faz parte de um grupo de nove dirigentes da Fifa e cinco executivos corporativos cobrados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos pela suposta execução de um esquema criminoso que envolveu o pagamento de US$ 150 milhões apenas em subornos.