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Ex-senadora Piedad Córdoba deixa corrida presidencial na Colômbia

Candidata, que não figurava bem nas pesquisas eleitorais, disse que desistiu da candidatura com o objetivo de consolidar paz no país

Piedad Córdoba: eleições de 27 de maio contam com participação do agora partido FARC (Força Alternativa Revolucionária do Comum) (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Piedad Córdoba: eleições de 27 de maio contam com participação do agora partido FARC (Força Alternativa Revolucionária do Comum) (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

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AFP

Publicado em 9 de abril de 2018 às 19h46.

A ex-senadora de esquerda Piedad Córdoba, relegada nas pesquisas de intenção de voto, renunciou nesta segunda-feira à sua candidatura para as eleições presidenciais de 27 de maio na Colômbia.

Córdoba desistiu da candidatura para dedicar-se, segundo ela, ao "objetivo" de consolidar a paz no país, após o acordo que levou ao desarmamento e transformação no partido das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

"Minha retirada da corrida eleitoral não pressupõe de modo algum a retirada da política", garantiu a ex-parlamentar em um ato público em Bogotá.

Com sua decisão, resta apenas uma mulher na corrida, a legisladora evangélica Viviane Morales, que tampouco aparece nas pesquisas.

Córdoba desistiu de sua campanha, queixando-se da "exclusão e censura" que enfrentou durante sua atividade política por não ter sido convidada aos debates televisivos com outros candidatos.

Os colombianos, que nunca tiveram uma mulher presidente, nem um governo de esquerda, estão divididos entre a candidatura conservadora de Iván Duque - o escolhido do ex-presidente Álvaro Uribe - e a do ex-guerrilheiro Gustavo Petro, segundo pesquisas de opinião.

Com 63 anos e ligada ao governo venezuelano, Córdoba apoiou ativamente o processo de paz com o agora partido da FARC (Força Alternativa Revolucionária do Comum) e em sua época foi inabilitada politicamente por seus supostos vínculos com a ex-guerrilha.

No entanto, a Justiça tornou sem efeito a decisão da Procuradoria - o organismo encarregado de sancionar os funcionários públicos na Colômbia -, após o que Córdoba se lançou à Presidência.

A Colômbia elegerá em 27 de maio o sucessor do presidente, Juan Manuel Santos, mas se nenhum candidato obtiver mais de 50% dos votos, haverá segundo turno em junho.

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