Luisa Ortega: fontes oficiais brasileiras disseram à que o país estaria disposto a acolher Ortega e seu marido, o deputado Germán Ferrer (Ueslei Marcelino/Reuters)
EFE
Publicado em 23 de agosto de 2017 às 08h44.
Brasília - A ex-procuradora-geral da Venezuela Luisa Ortega, acusada de traição pelo chavismo, chegou na madrugada desta quarta-feira a Brasília para participar de uma reunião de procuradores do Mercosul promovida pelo Brasil.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na terça-feira durante uma coletiva de imprensa que reclamará à Interpol, com código vermelho de captura, a ex-procuradora e seu marido "para que seja feita justiça em território e jurisdição da Venezuela".
Fontes oficiais brasileiras disseram à Agência Efe que o país estaria disposto a acolher Ortega e seu marido, o deputado Germán Ferrer, se ambos solicitarem asilo.
Ortega foi destituída de seu cargo em 5 de agosto pela Assembleia Nacional Constituinte (ANC), que a acusa de ter cometido "atos imorais".
Contra o marido de Ortega foi ditada uma ordem de captura ao ser acusado pela Constituinte e pelo novo procurador-geral, Tarek Saab, de ser parte de uma trama de extorsão que supostamente operava desde a Procuradoria.
Na reunião de hoje, Ortega se reunirá com procuradores da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru.