Manuel Zelaya, ex-presidente de Honduras (Win McNamee/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2011 às 17h45.
O ex-presidente de Honduras Manuel Zelaya partiu neste sábado de Manágua - onde chegou na noite de sexta-feira procedente da República Dominicana - rumo a Tegucigalpa, após quase dois anos de ter sido expulso do poder por um golpe de Estado, constatou a AFP.
Zelaya deixou o país com honras militares no Aeroporto Internacional Augusto César Sandino de Manágua, pelo presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, e sua mulher, Rosário Murillo.
"Hoje nos sentimos orgulhosos de que a partir de Manágua esteja retornando para sua terra, acompanhado, neste voo de retorno a seu povo, em primeiro lugar por (representantes da) Aliança Bolivariana para os Povos da nossa América (Alba)", que ofereceu todo seu apoio a Zelaya depois do golpe, afirmou Ortega, durante cerimônia na pista aérea.
Mais cedo, em entrevista à Telesur, Zelaya qualificou seu retorno a seu país como "uma vitória" para a democracia da América Latina. A declaração foi dada horas antes de ele partir de Manágua rumo a Tegucigalpa.
"Minha volta é resultado de um esforço que todos os países da América Latina fizeram. É uma vitória dos processos institucionais e democráticos", comemorou Zelaya na entrevista, concedida antes de embarcar para o seu país de origem.
Zelaya chegou na noite de sexta-feira à Nicarágua vindo da República Dominicana. Desde o golpe que o derrubou do poder em 28 de junho de 2009, ele tentava sem sucesso voltar a Honduras. Neste ano, ele tentara entrar em seu país por via aérea saindo de Washington e por terra a partir da Nicarágua.
Zelaya retorna acompanhado de sua esposa, Xiomara Castro, sua filha, duas netas e uma comitiva internacional formada por autoridades políticas e vários de seus colaboradores. Três aviões particulares foram deslocados para transportar todo o pessoal.
"Hoje iniciamos uma verdadeira reconciliação em Honduras", afirmou uma emocionada Xiomara Castro, acrescentando que retorna ao seu país com o "compromisso de continuar com a luta para a transformação de Honduras".
Ela agradeceu os esforços do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o da Venezuela, Hugo Chávez, que propiciaram a reconciliação da família hondurenha celebrada em uma reunião em Cartagena, na Colômbia, em 22 de maio.