Park Geun-hye: a ex-presidente está em prisão preventiva há quase 20 dias (Kim Hong-Ji/Reuters)
EFE
Publicado em 17 de abril de 2017 às 08h47.
Última atualização em 17 de abril de 2017 às 08h49.
Seul - A promotoria da Coreia do Sul acusou nesta segunda-feira oficialmente a ex-presidente Park Geun-hye por delitos relacionados com um esquema de corrupção, pelos quais pode ser condenada a um mínimo de dez anos de cárcere e inclusive à prisão perpétua.
Entre as acusações apresentadas contra ela estão a de suborno, abuso de poder, coação e vazamento de segredos oficiais, informou a agência "Yonhap".
Park, que perdeu sua imunidade presidencial após ser destituída em 10 de março, está em prisão preventiva há quase 20 dias por causa de seu papel na rede criada junto com sua amiga Choi Soon-sil (conhecida como "Rasputina", por causa de sua proximidade com a ex-governante), que supostamente extorquiu de grandes empresas cerca de U$ 70 milhões.
A promotoria anunciou ao mesmo tempo que imputou o presidente do Grupo Lotte, Shin Dong-bin, por abonar supostamente a rede cerca de 7 bilhões de wons (cerca de US$ 6,15 milhões) e também que não apresentará cargos contra o presidente do Grupo SK, Chey Tae-won, que aparentemente se negou a colaborar com a trama.
O caso da "Rasputina" atingiu os "Chaebol" (os grandes grupos empresariais sul-coreanos), entre eles o maior do país, o Samsung, cujo presidente, Lee Jae-yong, foi preso de maneira preventiva em fevereiro e está sendo julgado.
A imputação oficial da ex-presidenta Park, que defendeu sua inocência em todos os interrogatórios, coincide com o início hoje mesmo da campanha eleitoral para as eleições presidenciais adiantadas que acontecem no dia 9 de maio.