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Ex-presidente peruano Alejandro Toledo é preso nos EUA

Peru havia feito um pedido de extradição de Toledo já que ele responde a um processo acusado de corrupção no caso Odebrecht no país

Alejandro Toledo: ex-presidente peruano é preso nos EUA após pedido de extradição feito pelo Peru (Mariana Bazo/Reuters)

Alejandro Toledo: ex-presidente peruano é preso nos EUA após pedido de extradição feito pelo Peru (Mariana Bazo/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de julho de 2019 às 18h20.

Última atualização em 16 de julho de 2019 às 18h23.

O ex-presidente peruano Alejandro Toledo foi preso nos Estados Unidos após um pedido de extradição do Peru, onde é acusado de corrupção no caso Odebrecht, informou o Ministério Público peruano.

"O Ministério Público, através da Unidade de Cooperação Judicial Internacional, informa que o ex-presidente, Alejandro Toledo Manrique, foi detido nesta manhã por mandato de extradição, nos Estados Unidos", informou o organismo em sua conta do Twitter.

"O ex-presidente se encontra em sua primeira apresentação às autoridades judiciais americanas, como parte do processo orientado a conseguir seu retorno ao país", acrescentou.

Toledo é acusado pelo Ministério Público que investiga o caso da Lava Jato/Odebrecht de ter recebido 20 milhões de dólares da empreiteira brasileira para que lhe outorgasse a licitação da rodovia Interoceânica, que liga o Peru ao Brasil.

Também é acusado de crimes de tráfico de influência, conluio e lavagem de dinheiro em prejuízo ao Estado peruano.

Toledo, de 73 anos, que governou o Peru entre 2001 e 2006, e mora na Califórnia, Estados Unidos, nega as acusações e se declara inocente.

Heriberto Benítez, advogado do ex-presidente, disse à imprensa que a captura não significa que se tenha aprovado uma extradição e que este é o início de um processo de extradição nas mãos dos Estados Unidos.

Em março de 2019, o empresário peruano-israelense Josef Maiman, amigo pessoal de Toledo, assinou um acordo de colaboração com a Justiça e confirmou que a Odebrecht depositou não 20, mas 35 milhões de dólares como propina nas contas do ex-presidente, segundo informes da imprensa.

O advogado criminalista César Nakazaki destacou que o processo de extradição contra Toledo "pode demorar de seis a oito meses e que será uma dura batalkha legal para o Peru".

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